sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Uma palavra que mudou drasticamente de sentido.

Na História humana temos vários exemplos de palavras - ou expressões - que, com o decorrer do tempo, mudaram - às vezes drasticamente - o seu sentido original.

Falarei de uma que aconteceu exatamente isso, como verão...

A palavra é energúmeno. Em nossos dias seu significado é "idiota" (ou ainda "inútil" ou "ignorante").

Porém, em sua origem (que remonta à Grécia antiga), se chamava de energoúmenos (na grafia grega), a uma "pessoa que tivesse propensão a sofrer a ação de gênios" ou ainda a uma "pessoa possuída por algum tipo de demônio". Tudo bem que este 'gênio' a que os gregos se referiam não tinha o mesmo significado que 'gênio' tem em nossos dias (ou seja: o daquela "pessoa que faz muito bem uma determinada coisa", uma vez que este significado só se iniciou durante o Renascimento, com gênios como Leonardo da Vinci e Michelângelo). O 'gênio' dos gregos estava mais para um "duende", um "gnomo" ou mesmo uma espécie de "demônio"...

Mas daí a se transformar esse energúmeno em um idiota - nos nossos dias - é, no mínimo, muito curioso, não é mesmo?

NOTA: A ilustração abaixo é de um personagem meu, Tatá Pancada (de um livro não publicado), que, como o nome faz crer, é um tremendo idiota (ou, seguindo a premissa aqui mostrada, um grande energúmeno).

  

Um comentário:

  1. Já "idiota" na Grécia antiga não tinha o significado de "imbecil" ou "sem inteligência". Era apenas um sujeito que não participasse dos debates políticos (escravos, mulheres, muitas pessoas que não se interessavam por debater, eram todos idiotas). Quantos idiotas não existem hoje, então?

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