quinta-feira, 30 de abril de 2020

Breve história de 10 capitais europeias



É intenção desse artigo contar - de forma breve - as histórias de 10 das principais capitais de atuais países europeus. Dentre eles, deixei de fora dessa lista as cidades de Roma - capital da Itália - e Atenas - capital da Grécia - por serem cidades já muito analisadas em outros artigos (devido a importância das mesmas para a História, principalmente durante a Antiguidade).

Vamos a essas histórias...


LONDRES (capital da Inglaterra)


A cidade de Londres foi fundada pelos romanos, em 43, às margens do Rio Tâmisa, e era chamada por eles de Londinium, sendo considerada a "capital" da província da Britânia. Teve muita importância durante esse período, porém, após a Queda do Império Romano, em 476, ela foi praticamente abandonada. Voltou a ter importância somente em meados da Idade Média (já no século X), tornando-se um grande centro comercial nos séculos seguintes. Passou por surtos de peste bubônica e sofreu um grande incêndio na segunda metade do século XVII. Durante o século XVIII, devido a Revolução Industrial, teve um grande surto de imigração, fazendo-a crescer bastante nesse momento (e, em especial, durante o século XIX). Durante o século XX, durante a Segunda Guerra Mundial, foi muito bombardeada pelos alemães, mas nunca foi conquistada, e nunca se rendeu. Atualmente, é um dos principais centros financeiros do mundo, sendo também um grande centro cultural do planeta.

PARIS (capital da França)




Foi uma aldeia de pescadores fundada pela tribo dos Parisios (uma das tribos celtas) - daí o nome pela qual a cidade ficou conhecida em boa parte de sua história, e ainda o é - numa ilha do Rio Sena (e que foi se expandindo por suas margens). Em 52 a.C. essa aldeia foi tomada pelos romanos, que a rebatizaram com o nome de Lutécia (voltando a ser conhecida como Paris somente no século IV d.C.). Após a Queda do Império Romano, em 476, ela foi tomada pelos chamados bárbaros - no caso, pela tribo dos francos - e, em 508, foi tornada a capital do reino franco (então em seu momento inicial), pelo rei Clóvis. No século XI começou a ganhar importância devido ao comércio, e no século seguinte tornou-se uma cidade universitária (devido à criação do colégio "La Sorbona", embrião da Universidade Sorbone de Paris, uma das primeiras da Europa). Foi sempre uma cidade de revoltas, tendo as primeiras acontecido ainda durante o século XIV, culminando com a Revolução Francesa de 1789 (quando derrubaram o chamado Antigo Regime, lançando as bases do atual regime republicano mundial). Tornou-se uma cidade extremamente importante financeiramente - devido a revolução industrial da França, no início do século XIX - e culturalmente (durante todo o século XIX e início do século XX). Foi tomada pelos alemães, durante a Segunda Guerra Mundial (sendo mesmo considerada a maior conquista nazista), sendo libertada somente em 1944. É considerada uma das cidades mais importantes da atualidade.

LISBOA (capital de Portugal)




A história de Lisboa é extremamente rica e antiga. Foi fundada, ainda na tenra Antiguidade, pelos fenícios (povo que habitava a região do atual Líbano, no Oriente Próximo), sendo chamada, à época, de "Alis Ubbo" (algo como "porto seguro"), sendo depois conquistada por gregos e cartaginenses. Em 195 a.C. foi conquistada pelos romanos, sendo rebatizada como Olissipo, tornando-se a "capital" da província romana da Lusitânia. Após a Queda do Império Romano, foi conquistada pelo povo bárbaro dos suevos, fazendo parte de seu reino, a Galícia - cuja "capital" era a cidade de Braga - até o ano de 585. Por volta de 711 foi conquistada pelos mouros - árabes do norte da África - que deram-lhe o nome de Al Ushbuna. Foi reconquistada (começando, assim, a ser chamada de Lisboa), somente em 1147, quando Portugal se tornou um dos primeiros reinos absolutistas da Europa. Durante os séculos XIV e XV houve o 'boom' comercial do Mercantilismo - que levou, depois, às Grandes Navegações, com a descoberta de um novo caminho para as Índias e de colônias no chamado "Além-Mar" (em especial, do Brasil) - tornando Portugal uma das potências da época (junto à Espanha). Já em 1580 ocorreu a chamada "União Ibérica" (quando Portugal ficou sob domínio da Espanha, até 1640). E, em 1.° de novembro de 1755, aconteceu o pior acidente natural da história de Portugal, com o "Grande Terremoto" (que marcou indelevelmente a segunda metade do século XVIII). Durante os últimos anos da Revolução Francesa (no início do século XIX) - com as invasões napoleônicas  - toda a corte portuguesa decide fugir para sua colônia, no Brasil, fazendo algo impensável até então: se transferir a sede de uma monarquia europeia para uma de suas colônias (fato ocorrido em 1808, que acabou por acelerar a própria Independência do Brasil, em 1822). No decorrer do século XIX, o império português diminuiu muito de tamanho, mas, por outro lado, foram membros da mesma família real portuguesa - com o filho e o neto de D. João VI (os imperadores D. Pedro I e II) - que seguiram governando a antiga colônia portuguesa na América. E, já durante o início do século XX, seguindo a vertente do totalitarismo vigente na Europa, em 1932 instaurou-se a chamada ditadura salazarista (quando Antônio Salazar subiu ao poder), sendo destituída somente em 1974. Hoje Portugal tem uma das democracias mais fortes do continente europeu.

MADRID (capital da Espanha)




Há indícios de ocupação humana na região da cidade de Madrid desde a Pré-História (porém isso tem de ser mais bem estudado); é também possível - e quase certo - que o Império Romano tenha chegado a dominar a região (porém, ainda não há uma constatação quanto a isso). Mas, com relação à história conhecida da cidade, ela começa na Idade Média - quando da dominação muçulmana na região, momento que o emir Muhammad I constrói uma fortaleza nessa localidade, em 865, sendo o local conhecido por Mayrit (ou, na língua castelhana, Magerit). Foi desse nome que veio a denominação "Madrid" (porém, seu primeiro significado ainda é pouco entendido, sendo, possivelmente, advindo do árabe antigo, com significado que pode ser "forte" - já que havia sido construída uma fortaleza no local - ou mesmo "leito" - uma vez que haviam muitos arroios e rios na região). Essa dominação muçulmana perdurou até 1083, quando o rei católico Afonso VI de Castela conquista a cidade. Porém, a total expulsão dos muçulmanos da Espanha só veio a ocorrer - realmente - no episódio conhecido como "Reconquista", em 1492, quando os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela finalizaram esse processo. Em 1561, o rei Carlos I - seguido por seu filho, Felipe II - levaram a tento o processo de transferência da capital do reino da Espanha para Madrid (coisa que perdura até hoje). Após esses eventos, durante o final do século XV e o início do século XVI, a Espanha entrou na briga das Grandes Navegações com seu rival, Portugal, vindo a ser a nação responsável pelo chamado "Descobrimento da América" (já que foram os espanhóis que financiaram Cristóvão Colombo em sua empreitada). A Espanha enriqueceu muito com as descobertas de minas de ouro - na região do atual México (então pertencente ao Império Asteca) - e de prata - no atual Peru (então parte do Império Inca), criando o primeiro passo rumo à globalização que conhecemos. Porém, devido ter sido dominada por Napoleão Bonaparte, no início do século XIX - e com o relaxamento do poder sobre as colônias (advindo desse fato) - durante a primeira metade deste século foram ocorrendo as independências de seus territórios americanos. E, já durante o século XX, houve uma guinada rumo ao totalitarismo, que acabou levando à Guerra Civil Espanhola (entre 1936 e 1939), que, com a vitória da Falange, levou ao poder o ditador Francisco Franco. Nós dias de hoje, a Espanha se mantém monarquista, porém de cunho constitucional, sendo, assim, considerada um dos maiores países democráticos da atualidade.

VIENA (capital da Áustria)




A origem da cidade de Viena está ligada ao passado romano da região, uma vez que ela foi fundada - inicialmente como um campo militar -  por volta de 212 - sendo, então, uma "capital" de província romana, com o nome de Vindobona. Após a Queda do Império Romano, em 476, a cidade foi uma das primeiras a cair sob o domínio dos bárbaros (uma vez que ela se localizava na periferia do imenso território romano), tendo, dessa forma, sido conquistada (havendo, inclusive, indícios de um grande incêndio, possivelmente em decorrência das lutas de conquista). Foi abandonada, e, posteriormente, reurbanizada (isso já durante a Idade Média). Foram encontradas moedas bizantinas do século VI em sítios arqueológicos no centro histórico de Viena, mostrando que havia algum tipo de comércio naquela localidade. Em 976 Viena tornou-se uma marca - governada pelo Marquês Leopoldo IV - e, em 1156, um ducado - governado pelo Duque Henrique II de Áustria - sendo que este último governante a tornou capital desse ducado. Já em 1278 aconteceu a subida ao poder da casa real dos Habsburgos (que reinou pelos próximos 700 anos). Passou por uma grande revolução industrial em fins do século XVIII. Durante o século XIX, Viena - de 1806 a 1867 - é  a cidade mais culta e cosmopolita da Europa (em cuja Ópera de Viena - inaugurada em 25 de janeiro de 1869 - era sua mais completa tradução). Entre setembro de 1814 e junho de 1815 o mapa da Europa pós-Era Napoleônica foi definido lá, no chamado "Congresso de Viena". Em 1867, foi criado o Império Áustro-Húngaro - cuja capital era Viena - e sua grande força política acabou por levar o império à Primeira Guerra Mundial (quando, em junho de 1914, o herdeiro do trono, Francisco Ferdinando, foi assassinado em Saravejo). Após o término da guerra, houve o desmembramento do império, aparecendo, assim - e novamente - a Áustria e a Hungria, separadamente. Em 1938 - pouco mais de um ano antes do início da Segunda Guerra Mundial, em setembro de 1939 - a Áustria foi anexada a Alemanha nazista. Hoje, Viena continua uma cidade, cultural e financeiramente, efervecente e fervilhante. 

BERLIM  (capital da Alemanha)




A primeira menção a cidade de Berlim é de 1237, ano considerado como o de fundação da cidade, sendo, então, uma aldeia de caçadores e pescadores. No século XV, ela foi tornada capital do estado de Brademburgo (então pertencente ao Sacro Império Romano Germânico, ou, como também pode ser chamado e conhecido, o "Primeiro Reich"). Entre 1516 e 1517, Berlim tomou parte como um dos principais palcos da Reforma Luterana (quando Martinho Lutero e suas "95 Teses" começaram um movimento de ruptura na Igreja Católica). A cidade foi quase destruída durante a Guerra dos Trinta Anos - entre 1618 e 1648 - tendo sido reconstruida no decorrer do século XVIII. Já no século XIX, tornou-se a capital do Império da Prússia e, pouco depois, em 1871, foi instituída como a capital do Império Alemão - após  a Unificação da Alemanha (no chamado "Segundo Reich"). Foi a anfitriã da reunião que retalhou a África e parte da Ásia entre os países industrializados europeus, em 1885, no que ficou conhecida como "Conferência de Berlim". Participou da chamada Tríplice Aliança (ao lado do Império Áustro-Húngaro e do Império Otomano), um dos lados que lutaram na Primeira Guerra Mundial. Após o armistício, como perdedora - e principal causadora da guerra - a Alemanha (e sua capital Berlim), passaram por muitas crises econômicas. Em 1933 subiu ao poder Adolf Hitler, que tornou-se o chanceler da Alemanha nazista - o chamado (e, este sim, bem conhecido), "Terceiro Reich" - jogando-a, depois, na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com o término da mesma - e com uma nova derrota - a Alemanha foi dividida entre os vencedores (os EUA, a Inglaterra, a França e a URSS), tendo sido Berlim também dividida. Em 1961 - para tornar essa divisão bem patente - um muro, o chamado "Muro de Berlim", foi erguido para dividir fisicamente a cidade (tendo se mantido assim até 1989). Em 1990 a Alemanha - e, consequente, Berlim - foi reunificada, tendo esta cidade se tornado, novamente, a capital da Alemanha. Hoje, Berlim é um das cidades mais modernas e importantes da Europa, e a Alemanha se tornou, de novo, uma das grandes potências europeias (e o berço de uma das mais puljantes  democracias do Velho Continente).

AMSTERDAM (capital da Holanda)



O povoado de pescadores foi  fundado em 27 de outubro de 1275, quase ao final do século XIII - e foi fundado bem ao lado de um dique (chamado por lá de "dam"), feito para represar o Rio Amstel (ou Amster). Ou seja, o nome da cidade é, traduzindo-se, "dique - ou represa - do Amster". Em 1358 a cidade começa a fazer parte da chamada "Liga Hanseática", tornando-se um grande centro comercial. Durante as Grandes Navegações, o porto de Amsterdam se tornou bastante importante, virando o segundo maior porto da Europa (o primeiro era Lisboa). Em 1578, numa revolta contra os governantes espanhois, que haviam anexado os Países Baixos (como a região era, então, conhecida), no século anterior - e sob o comando de Guilherme de Orange - eles conseguem sua independência. É de 1602 a criação - em Amsterdam - da Companhia das Índias Ocidentais, que se envolveu bastante com o comércio mercantilista das Grandes Navegações, fazendo com que os holandeses conquistassem até mesmo pequenos territórios na América (sendo o mais famoso deles, uma região das Treze Colônias norte-americanas, tendo sido os holandeses os fundadores da cidade de Nova York, na ilha de Manhattan). Em 1609 é criado o Banco de Amsterdam, e é mais  ou menos contemporâneo a ele a criação da primeira Bolsa de Valores do mundo (inspirada na comercialização dos bulbos de tulipa - a primeira Bolsa de Mercadorias & Futuro - uma verdadeira febre entre a população holandesa). Já no século XIX, em 1810, os Países Baixos são invadidos por Napoleão Bonaparte e, em 1830, a Bélgica - seguida por Luxemburgo - tornam-se independentes (desmembrando, assim, os Países Baixos). Durante a Primeira Guerra Mundial, a Holanda ficou neutra, tentando se manter neutra também na Segunda Guerra Mundial (porém, nessa última não deu pra se manter assim, uma vez que foi invadida pela Alemanha, em 1940). Atualmente Amsterdam é a capital do Reino da Holanda (mesmo que todo o governo - e a própria monarquia - fique em Haia). Também perdeu importância econômica, com a criação do grandioso porto de Rotterdam, porém, ainda tem muito de sua importância como a capital cultural da Holanda.

BUDAPESTE (capital da Hungria)




A cidade de Budapeste, capital da Hungria, é, na verdade, a fusão de duas cidades: a cidade de Buda (e a antiga cidade de Ôbuda), na margem direita do Rio Danúbio (conhecida também como "cidade alta"), e Peste, na margem esquerda do mesmo rio (também chamada de "cidade baixa"). Ela foi, oficialmente, fundada em 17 de novembro de 1873, porém, todo o início da ocupação da região se iniciou com a aldeia de Ôbuda, fundada por celtas e foi dominada pelos romanos no século I a.C. (sendo transformada em cidade romana - com o nome de Aquincum - em 14 a.C.). Em 896 d.C., foi invadida pelos magiares - que a tomaram dos romanos - e passou a ser chamada de Ôbuda. Durante a chamada Baixa Idade Média, em 1000, a nação húngara já existia em seus primeiros momentos, e, em 1222, o rei Estevão I unificou o território húngaro. Em 1241, após um ataque dos mongóis, a cidade foi destruída, sendo reconstruída - sobre as fundações da antiga Ôbuda - a nova cidade: Buda (que tornou-se a capital do país em 1361). Em 1526 Peste caiu sob domínio dos turcos, e em Buda isso aconteceu em 1541; eles só foram expulsos em 1686, pela mão dos Habsburgos. Durante o século XVIII, muitas melhorias foram feitas por essa casa real, inclusive a criação de uma universidade (em 1784). O século XIX trouxe muitas novidades, tais como a revolta húngara contra a Áustria - em 1848 (durante a chamada "Primavera dos Povos"), a unificação com a Áustria (em 1867, criando o Império Áustro-Húngaro), culminando com a junção das cidades de Buda e Peste (criando-se a grande cidade de Budapeste, em 1873). Já durante o século XX, logo após a Primeira Guerra Mundial, o império foi desfeito, voltando a Hungria a ser um país único. Durante a Segunda Guerra Mundial, houve muitos bombardeios aliados à cidade e, com o fim da guerra, a Hungria caiu sob domínio dos soviéticos, sendo que, em 1956, numa tentativa de democracia, foi sufocado o levante pela URSS. Com o fim da União Soviética, em 1991, a Hungria deixou o comunismo e tornou-se a República Húngara.


PRAGA (capital da República Tcheca)




Nasceu da junção de 5 cidades, tendo sido fundada em 8 de junho de 1867 (às margens do Rio Moldova). Porém, há indícios de ocupação desde que os Boios, um povo celta que primeiro habitou a região. Já durante o século XI, foram chegando outros povos bárbaros (como os eslavos, os germânicos e os ávaros). Antes, em 950, passou a fazer parte do Sacro Império Romano Germânico, e, em 1061, tornou-se residência de duques da Boêmia. Em 1526, com a ascenção de Fernando I, a história da cidade estaria ligada à história da casa real dos Habsburgos (até o término da Primeira Guerra Mundial). Durante o século XVIII, houve muitos casos de guerras e revoltas em sua história (como é o caso da chamada "Defenestração de Praga", de 1618, quando enviados dos Habsburgos foram atirados pelas janelas do castelo, iniciando a "Guerra dos Trinta Anos, que terminou com a expulsão dos senhores de Praga, em 1648). O século XVIII foi um momento de grande crescimento econômico. E, já durante o século XIX, em 1848, houve revoltas durante a chamada "Primavera dos Povos". No século XX, ao final da Primeira Guerra Mundial, houve a junção do país tcheco com a Eslováquia (criando um novo pais, a Tchecoslováquia), e, em março de 1939, o país foi invadido pela Alemanha nazista; o final da Segunda Guerra Mundial, este novo país passou pra órbita soviética (porém, fazendo jus ao passado de revoltas, os tchecos tentaram se libertar das mãos de ferro do poder soviético, em 1968, na chamada "Primavera de Praga", tendo sido dissuadidos de seu tento por tanques comunistas enviados para sufocar o movimento). A Tchecoslováquia só foi desmembrada após a queda da URSS, criando-se, assim, a atual República Tcheca (e, em contrapartida, a Eslováquia).

MOSCOU (capital da Rússia)




A cidade de Moscou é a maior - bem como também é a capital - da Rússia. E, é bom que se diga, como o extenso território russo tem uma parte na Ásia e uma parte na Europa (e Moscou fica nessa parte europeia), daí ela estar nessa lista. A cidade foi fundada em 1147, e foi sede do principado de Rus Kiev (já que o de Kiev fica bem mais ao sul, na atual Ucrânia). Em 1156 foi ordenada a construção do Kremlin (que significa "cidadela"), então, meramente, um centro fortificado. Com a invasão de Kiev, pelos mongóis, Moscou foi ganhando cada vez mais importância. Com uma grande expansão econômica, veio também a expansão territorial. Com isso, conseguiram expulsar os mongóis em 1480. Foi sede do chamado Grão-Ducado de Moscou (de 1283 a 1547), do Czarado Russo (de 1547 a 1721), e em parte do Império Russo (de 1721 a 1917). E, já durante o século XX, após a Revolução Russa de 1917, tornou-se a capital da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), fazendo com que a Rússia saísse da Primeira Guerra Mundial e, durante a Segunda Guerra Mundial, foi invadida pela Alemanha nazista (um dos maiores erros de Hitler), que não conseguiu dominar o extenso território, fazendo com que seu exército fosse derrotado - pelo Exército Vermelho e pelo inverno russo - levando a derrota final da Alemanha. Durante boa parte da segunda metade do século XX, foi um dos epicentros da Guerra Fria, e, em 1991, com a queda do comunismo, teve o país, novamente, o nome de Rússia. Atualmente a Rússia - e, consequentemente, Moscou - ainda estão muito bem posicionados, política e economicamente, mostrando a força e a abrangência de seu poder.

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Espero que a viagem pela história destas cidades tenha sido tão prazerosa pra vocês - ao lerem - quanto foi pra mim, ao escrevê-la! Até o próximo artigo...

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