sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O Teatro da Segunda Guerra Mundial: Vilões X Heróis (e um "Vira-Casaca"), e principais atores, coadjuvantes e um ator surpresa (+ as estranhas ligações com o ano de 1945)...


Neste artigo iremos fazer uma correlação entre alguns personagens bastante importantes da Segunda Guerra Mundial. São eles: Adolf Hitler (o primeiro-ministro, o chamado "chanceler" - e depois, o Füher - da Alemanha), e Franklin Delano Roosevelt (o presidente dos Estados Unidos da América- bem como a de seus principais aliados: Benito Mussolini (o Duce da Itália), e Winston Churchill (o primeiro-ministro da Inglaterra) - antes e durante o nosso maior conflito mundial. Sem esquecer o nosso quinto personagem (nosso "personagem surpresa")...

Também veremos o que está exposto à seguir (muito importante para os cinco personagens):

[Um adendo: guardem bem este ano - 1945 - já que ele será um ano chave para os nossos cinco personagens.]

Muitas são as coincidências - e/ou particularidades - que ocorreram entre os cinco personagens (e seus respectivos aliados). E será para apresentarmos estas que este artigo se prestará. Vamos a elas, então...

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As histórias desses dois estadistas - de seus respectivos (e maiores), aliados, bem como do personagem que transitou entre eles - têm diversos pontos em que coisas ocorrem nas suas vidas (e que parecem mesmo ter algum tipo de ligação histórica), entre eles. Para que tudo fique bem demonstrado, segue uma sucinta biografia dos dois primeiros (chamados aqui de "Atores principais"):

Os Atores principais

Vilão: Adolf Hitler



O austríaco Adolf Hitler - nascido a 20 de abril de 1889 - foi um dos fundadores do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (ou, mais simplesmente, Partido Nazista), e tentou tomar o poder em 1923, através do que ficou conhecido como o "Golpe da Cervejaria", em Munique (que não deu certo, sendo Hitler preso nessa tentativa de golpe). Na cadeia escreveu seu livro, "Mein Kampf" ("Minha Luta"), que se tornou a "bíblia" do Nazismo (e onde ele expôs, em detalhes, qual seria a sua plataforma de governo, quando chegasse a ele, tornando o Nazismo uma filosofia de pode muito conhecida em toda a Alemanha). Antes dessa tentativa, com seus vinte e poucos anos, Hitler foi cabo (e mensageiro), durante a Primeira Guerra Mundial (vindo daí a sua raiva quanto ao término da mesma, bem como às resoluções do "Tratado de Versalhes"). Diferente de outros ditadores, Hitler chegou ao poder de forma democrática e constitucional (coisa muito difícil de acontecer, em se tratando de ditadores). Porém, nem bem subiu ao poder, foi mostrando a que veio, esmagando a oposição, perseguindo as minorias e retomando uma atitude cada vez mais belicosa (dando um ênfase exacerbado ao já bem presente militarismo alemão, de características revanchistas, como já visto), tornando-se ditador de fato (com o título de "Fuhër", algo como "O Líder"). Como já bem sabido, Adolf Hitler acabou levando - com sua política de extrema-direita - a Alemanha à uma nova guerra mundial (e num nível nunca visto antes em outra nação, o que os nazistas chamaram de "guerra total"). Ao final de sua guerra - para trazer a Alemanha de volta aos tempos da antiga grandeza (o seu "Terceiro Reich"), como era de sua vontade - deixou os alemães na pior das situações (e a Alemanha em frangalhos). Com os russos já às portas de Berlim, matou-se em 30 de abril de 1945 (encerrando, assim, a Segunda Guerra Mundial na Europa).


1945 - Quando Adolf Hitler se suicidou, dando fim a guerra na Europa.


Herói: Franklin Delano Roosevelt



O nova-iorquino Franklin Delano Roosevelt - nascido a 30 de janeiro de 1882 - foi o 32.º Presidente dos Estados Unidos da América (entre 1933 e 1945), tendo sido o único presidente dos EUA que teve mais de 2 mandatos consecutivos (uma vez que, ao término de seu 2.º mandato ele concorreu - e venceu - a corrida presidencial, governando num 3.º mandato e, ao final deste, concorreu - e venceu de novo - iniciando seu 4.º e último mandato, não terminando-o, devido à sua morte, meses após o início deste 4.º e derradeiro mandato). Outra particularidade dele: ele era um primo distante de outro presidente Roosevelt - no caso, de Theodore Roosevelt, o 26.º presidente, que governou de 1901 a 1909 - o que tornou os Roosevelt a primeira família a se tornar uma espécie de "realeza" da política norte-americana. Foi também Secretário Adjunto da Marinha (de 1913 a 1920, ou seja, durante o período da Primeira Guerra Mundial), e governador do estado de Nova York (de 1929 a 1932), cargo que o levou à presidência. Governou nos períodos mais difíceis do século XX, ou seja, durante a Grande Depressão e a própria Segunda Guerra Mundial, transformando-o num dos presidentes norte-americanos mais cultuados. Infelizmente, devido à uma idade já avançada, morreu em 12 de abril de 1945 - não podendo, assim, ver o término da guerra que tanto batalhou para vencer - morrendo depois de três meses do início de seu 4.º mandato. Esse fato foi festejado por Hitler na Europa (já que ele achou que isso seria um "banho de água gelada" para os norte-americanos, coisa que ajudaria o seu reich a vencer, e que - àquela altura - só ele mesmo acreditava, dentro de seus devaneios de poder, ao final da guerra).


1945 - Quando Franklin D. Roosevelt morreu - de A.V.C. - ao fim da guerra.

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E agora vamos às histórias dos principais aliados destes dois primeiros (e que chamo aqui - guardadas as devidas proporções, logicamente - de "Atores coadjuvantes"). Vamos a eles, então:

Os Atores coadjuvantes

Vilão: Benito Mussolini


À princípio, ele foi o grande ídolo e herói de Adolf Hitler - devido, em especial, ao fato dele ter conseguido tomar o poder da forma como Hitler gostaria de ter conseguido (em seu golpe de 1923). Benito Mussolini nasceu em 29 de julho de 1883, e - assim como Hitler - também lutou durante a Primeira Guerra Mundial (ele era um ótimo atirador de elite do exército italiano), e, talvez devido exatamente a isso, tinha a mesma visão obtusa de seu colega alemão quanto à guerra (e, em especial, de como foi o seu término da mesma), uma vez que, mesmo estando do lado vencedor, a Itália não teve as mesmas benesses e ganhos de outras potências europeias vencedoras. Isso deu margem à sua tendência de extrema-direita e bastante nacionalista (em grande desacordo com seu passado político, uma vez que, antes e durante a "Grande Guerra", ele se considerava comunista). Fundou, em 1921, o Partido Nacional Fascista (ou, simplesmente, Partido Fascista), e, apenas um ano depois (portanto, em 1922), se utilizando de uma grande demonstração de poder, organizou a chamada "Marcha sobre Roma" (com milhares de seus "Camisas Negras" marchando - e aterrorizando - os italianos de sua capital). Amedrontando os políticos - e até mesmo o rei, Vítor Emanuel III - foi-lhe concedido o poder de fato e, em poucos meses, silenciou toda e qualquer oposição, tornando-se o real mandatário da nação, com o título de "Duce" (algo como "O Chefe"), tornando a Itália um dos países totalitários da Europa (e parte integrante do chamado "Eixo", mais adiante). Após muitos erros e má administração (que foram mostrados a todos na segunda metade da guerra), foi deposto e, ao tentar fugir, foi preso e morto a tiros - junto a sua amante - em 28 de abril de 1945...


1945 - Quando Benito Mussolini foi assassinado - após tentar fugir - ao fim da guerra (tendo seu corpo linchado, usurpado e exposto em praça pública de Milão).

Herói: Winston Churchill


O britânico Winston Leonard Spencer Churchill nasceu em 30 de novembro de 1874, e foi o Primeiro-Ministro do Reino Unido entre 1941 e 1945, tendo sido primordial nesse período tão negro da história europeia. Durante a Primeira Guerra Mundial era o Primeiro-lorde do Almirantado, e foi nesse cargo que ordenou a ação para a tomada de Galípoli (na Grécia), que acabou se tornando um fiasco (e uma carnificina para os soldados ingleses e aliados), fazendo com que ele perdesse sua influência política - e seu poder - sendo obrigado a renunciar ao cargo (o que pareceu a todos que sua carreira na política havia terminado). Porém, fez algo impensável (no intuito de se redimir e mostrar uma grande força de superação): alistou-se e seguiu para a guerra, como um mero capitão de batalhão (tendo lutado nas trincheiras do front ocidental, nas fronteiras da França). Devido a isso, acabou dando a volta por cima (reavendo sua carreira política e voltando ao Parlamento). E, quando o Primeiro-Ministro Neville Chamberlain naufragou com seu acordo de paz - assinado junto a Hitler, pouco antes da invasão alemã à Polônia - mostrando que as exigências de Adolf Hitler não seriam tão fáceis de se sanar - e depois dos primeiros movimentos agressivos da "blitzkrieg", ficou claro que precisavam de um Primeiro-Ministro mais agressivo também. O escolhido, Winston Churchill, sabia que sua escolha não era, bem, um presente, mas sim quase como um castigo (já que era um cargo - durante uma guerra - que poderia trazer-lhe mais alguns problemas à sua já manchada biografia). E, como ele próprio quase prevera, sua posição como Primeiro-Ministro não seria mantida no pós-guerra, uma vez que, pouco antes do final da Segunda Guerra Mundial, ele não conseguiu se reeleger para o cargo.


1945 - Quando a guerra acabou, Winston Churchill não foi reeleito para continuar sendo o Primeiro-Ministro. Porém, no melhor de sua característica de "fênix" política, acabou retornando - de 1951 a 1955 - participando, assim, dos primeiros momentos da Guerra Fria.

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E, por fim, vamos à história de nosso personagem surpresa (o que chamo aqui de "Ator surpresa"). Vamos a ele, portanto:

Ator surpresa

O "Vira-Casaca": Josef Stalin


O georgiano Josef Stalin - que nasceu Josef Vissariónovich, a 18 de dezembro de 1878, em Gori, na Geórgia (parte integrante do Império Russo) - e foi o 2.º mandatário do União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.). Sua vida política se inicia como revolucionário socialista, papel que desempenhou de forma sui generis, ainda durante a Primeira Guerra Mundial. em um movimento que se iniciou no começo de 1917, quando o líder revolucionário Vladimir Lenin chegou à São Petersburgo, fazendo deste ano o momento máximo do comunismo. Como um dos seus mais próximos colaboradores de Lenin - junto com Leon Trotski, depois perseguido e morto a mando de Stalin - assumiu o governo da recém criada U.R.S.S. após a morte de Vladimir Lenin, no início de 1924. Após isso, com muita perseguição política e toques de genialidade administrativa, Stalin tirou toda a oposição a ele, tomando o poder por dentro e tornando-se ditador de fato e "dono" do Partido Comunista. Pouco antes da Segunda Guerra Mundial ele governava com mão de ferro e, sentindo-se "o tal", fez um acordo  - o "Pacto Ribbentrop-Molotov" - de não-agressão, entre a Alemanha, de Hitler, e a U.R.S.S., de Stalin (que deixou esta última neutra em relação à primeira). E, no início da guerra, quando Hitler invadiu a Polônia, Stalin ficou com metade dela: depois, já no decorrer da Segunda Guerra Mundial, com a traição de Hitler - que resolveu invadir a U.R.S.S. em 1941, fazendo com que Stalin mudasse de lado na guerra (uma bizarra aliança entre os soviéticos e os norte-americanos, os ingleses e os franceses, todos capitalistas). acabou sendo - junto aos E.U.A. - um dos grandes vencedores da Segunda Guerra Mundial...


1945 - Com o fim da guerra, Josef Stalin foi um de um de seus grandes ganhadores, neste ano "cabalístico", onde se iniciou a bipolaridade U.R.S.S. X E.U.A., que daria início à Guerra Fria. - que pegaria fogo em 1949 (quando Stalin consegui explodir sua primeira bomba atômica) - igualando seu poder de fogo ao dos norte-americanos.

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E agora, para finalizarmos (e com o intuito de melhor mostrarmos como foram os momentos históricos destes personagens aqui apresentados), acesse os links abaixo e leia três artigos sobre assuntos correlacionados aos fatos e aos personagens deste artigo (e que também fazem parte do acervo do blog “Histérica História”):





Espero que tenham achado o artigo, ora apresentado, tão completo e interessante quanto eu entendo que foi (e que é - em essência - o principal intuito dos artigos criados para este nosso blog, o “Histérica História”). E até uma próxima...

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