quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Retrospectiva "Histérica História" 2019




#2 - Fevereiro (2) de 2019: 17/02/2019

Uma analise dos "Anos de Chumbo"


#3 - Março de 2019: 06/03/2019

Contracultura: uma narrativa.


#4 - Março (2) de 2019: 14/03/2019


#8 - Julho de 2019: 26/07/2019


#9 - Agosto de 2019: 18/08/2019

#10 - Agosto (2) de 2019: 28/08/2019





#12 - Setembro (2) de 2019: 13/09/2019



#13 - Setembro (3) de 2019: 20/09/2019



#14 - Setembro (4) de 2019: 20/09/2019



#15 - Outubro de 2019: 01/10/2019







#18 - Dezembro de 2019: 03/12/2019



#19 - Dezembro (2) de 2019: 06/12/2019


sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Quem foram os tão lembrados "Voluntários da Pátria"?



Se podemos escolher personagens que são sempre muito citados e louvados pela história oficial do Brasil, estes são os chamados "Voluntários da Pátria"; e, como bom exemplo do que foi dito acima, é só vermos que é praticamente "obrigatória" a existência de uma rua - cujo nome é Voluntários da Pátria - em todas as grandes cidades de nosso país, em especial nas capitais dos estados que compõem a "Republica Federativa do Brasil", de ruas ou avenidas homenageando-os...


[Acima: Foto, de 1938, da Rua Voluntários da Pátria da cidade de São Paulo, no bairro de Santana, na zona norte da capital paulista.]


Mas, quem foram estes tão cultuados "Voluntários da Pátria"?

Para entendermos isso devemos voltar no tempo, mais precisamente no período do Brasil Império, durante o chamado "Segundo Reinado", cujo imperador era Dom Pedro II, isso ainda no decorrer do século XIX. Nesse momento o exército brasileiro era extremamente deficitário, sem treinamento e com um contingente irrisório para um país com as dimensões continentais do então Império do Brasil. E, na esteira do desenvolvimento e da riqueza que o café nos trouxe, Dom Pedro II começou a ter rompantes cada vez maiores de tornar o Brasil o país mais influente da América do Sul. Porém, com seu exército capenga, isso se tornava um tanto quanto difícil...


[Acima: Ilustrações de membros do exército brasileiro, já há época da entrada dos Voluntários da Pátria para seu contingente.]


Foi quando, na segunda metade do século XIX, aparece a figura de um ditador numa das várias repúblicas que rodeavam o Império do Brasil. Seu nome era Solano López, governante do então emergente Paraguai. Com expectativas expansionistas, ele começou a se tornar uma ameaça para algumas nações sul-americanas (em especial as do chamado "Cone Sul", bem como para o imperador brasileiro).


[Acima: imagem do ditador paraguaio Solano López.]


E, como a diplomacia não deu conta das diferenças entre as nações envolvidas, uma aliança, até mesmo incomum, se formou entre o Império do Brasil, a República da Argentina e a República Oriental do Uruguai (que ficou conhecida como a "Tríplice Aliança"). Conhecida como a "Guerra da Tríplice Aliança" (na Argentina e no Uruguai), e como "Guerra do Paraguai" (no Brasil), ela acabou, na realidade, sendo uma guerra entre dois países: o Brasil, de Dom Pedro II, e o Paraguai, de Solano López. E isso se deveu, em parte, devido serem províncias brasileiras - fronteiriças ao Paraguai - as que primeiramente foram tendo algumas cidades invadidas e tomadas pelas forças do exército paraguaio de López.


[Acima: ilustração para jornais da época, mostrando a rendição da cidade de Uruguaiana, na província do Rio Grande do Sul.]


A guerra em si durou de 1864 (quando a já citada Uruguaiana, mais algumas cidades da então província do Mato Grosso, foram invadidas), até 1870 (quando se conseguiu o tento que tanto queria o imperador Dom Pedro II - a perseguição e consequente morte do ditador Solano López - aconteceu, no interior remoto do território do Paraguai). E, durante estes 6 longos anos, a América do Sul assistiu a pior guerra já ocorrida neste continente...


[Acima: Imagem bem emblemática de um "Voluntário da Pátria" negro - possivelmente tendo sido "voluntário" no lugar do filho de algum grande fazendeiro da elite - empunhando a bandeira do Império do Brasil no campo de batalha.]


Outra figura importante - já que era o comandante do exército brasileiro (e um dos responsáveis da "profissionalização" de nossas forças armadas) - foi o Marquês de Caxias (que ficou pra história do Brasil com seu título último: o Duque de Caxias), sendo mesmo considerado o patrono do nosso exército.



















[Acima: na foto menor, o Duque de Caxias - há época ainda Marquês - comandante do exército brasileiro; e, na foto maior, a estátua equestre do mesmo Duque de Caxias - uma das maiores estátuas equestres do mundo - erguida na Praça Princesa Isabel, no centro da cidade de São Paulo (isso já no início do século XX).]


Deixamos agora, para o final, o intento de responder à pergunta feita no início deste artigo: E então, quem foram estes tão cultuados "Voluntários da Pátria"?

Respondê-la é uma tarefa cheia de nuances e particularidades da história do Brasil, como veremos ao seguirmos nossas pistas. Como já dito, o exército brasileiro era, pouco antes da eclosão da "Guerra do Paraguai", pequeno e mal preparado. Logo após os primeiros confrontos e invasões, em 1864, chegou-se rapidamente a constatação citada logo acima, e, para saná-la (ou ao menos minimizá-la), logo a 7 de janeiro de 1865, decretou-se a lei que criava o Corpo de Voluntários da Pátria (CVP), que tinha o intuito de aumentar o contingente de combatentes; porém, durante os cinco anos que a lei vigorou, muitos e muitos voluntários vieram engrossar as fileiras de nosso exército, sendo que a grande maioria deles não foram tão "voluntários" assim. Explicando: no início os voluntários se alistavam por vontade própria, mas, tão logo os verdadeiros voluntários começaram a escassear, iniciou-se planos e artimanhas para se conseguir mais "voluntários", tais como: se cercar festas e procissões, bem como montar-se barreiras na saída das missas, para assim alistar-se compulsoriamente os homens aptos a servirem o exército, fazendo com que muitos homens fugissem para os sertões e florestas ermas para fugir do alistamento, e fazendo com que os que teriam ficado nas cidades só saíssem às ruas vestidos como mulheres (por motivo óbvio).

Ao mesmo tempo que isso ocorria com a população mais pobre, com os filhos de grandes fazendeiros a maneira de fugir à guerra era feita de uma forma, digamos, mais legalizada, uma vez que eles poderiam mandar um escravo no lugar dos "sinhozinhos" sem coragem para a batalha. Num dado momento, para se encorajar os negros a lutar, cogitou-se libertar os escravos que tivessem sido "voluntários" (coisa que pouco ou nada aconteceu, após o final da guerra), causando enorme ressentimento nos negros - e mesmo nos soldados do exército - que, com o final do conflito, começaram a se negar a caçar escravos fugitivos (afinal, alguns deles haviam lutado ao lado destes mesmos soldados, nos campos de batalha).



-x.X.x-

E, terminando nosso artigo, indico a leitura deste outro artigo do acervo do blog "Histérica História", cujo link segue abaixo, que mostra algumas das mentiras que ficaram para a posteridade na história da "Guerra do Paraguai":

Verdades e mentiras sobre a Guerra do Paraguai




-x.X.x-

Espero que tenham gostado do artigo, que se prestou a elucidar um pouco melhor quem foram estes personagens tão presentes em nossa história: os "Voluntários da Pátria". E até um próximo artigo...

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

1961 a 1989 - A Guerra Fria - Muro de Berlim


Documentário sobre a construção - em 1961 - e sua queda - em 1989 - do Muro de Berlim (que completou, portanto, no dia 09 do mês passado, 30 anos), sendo este o principal símbolo da própria Guerra Fria (entre os E.U.A. capitalistas X a U.R.S.S. comunistas), já que ficou em pé - separando os dois lados (físicos, políticos, econômicos e ideológicos), por 28 anos...


E.complementando o que se vê no documentário - caso queiram se inteirar do início da Guerra Fria - acessar o artigo abaixo, também parte do acervo do blog "Histérica História":

Uma narrativa da Segunda Guerra Mundial


O documentário é uma produção do History Channel e vale a pena vê-lo!! Espero que curtam muito...

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Os 40 anos da Revolução Islâmica no Irã (iniciada em 04/11/1979)




Como a maioria dos assuntos relacionados à História dita "não-ocidental", pouco sabemos - e pesquisamos - sobre a chamada Revolução Iraniana de 1979 (que completou, portanto, no último dia 04 de novembro de 2019, os 40 anos de seu início).

Isto posto, será objeto deste artigo, ora apresentado, mostrar um pouco mais do que foi essa revolução e como ela ocorreu, mostrando sua grande importância (tanta é que seus efeitos são sentidos, no Oriente Médio - e, em contrapartida - até mesmo no nosso "mundo ocidental" - até os nossos dias). Vamos a isso...



A região onde hoje fica o Irã - e seu vizinho, o Iraque - fez parte (na Antiguidade), da localidade chamada Mesopotâmia (conhecida também como o "Crescente Fértil", devido sua importância como terras férteis à agricultura). Como praticamente toda a região que hoje chamamos de Oriente Médio, teve um passado cheio de conflitos, conquistas e reconquistas. Fez parte dos seguintes impérios (para citarmos somente alguns): Império Babilônico, Império Egípcio, Império MacedônicoImpério Persa e Império Romano, mostrando como a região sempre teve uma grande importância.




Politicamente, a Revolução Iraniana de 1979 - por meio das armas e das ações militares - depôs uma monarquia autocrática (que era pró-Ocidente, ou seja, alinhada à política capitalista norte-americana), que tinha o Reza Pahlevi como monarca, por uma república islâmica teocrática, onde quem assumiu o poder foi o grande líder religioso islâmico, o aiatolá Ruhollah Khomeini, que acabou por assumir o poder político também.

[Um adendo: os dois (o xá e o aiatolá) - ou seja, Reza Pahlevi e Ruhollah Khomeini - estão presentes na primeira imagem deste artigo, mais acima...]




Algo que é pouco dito é que as diversas vertentes do islamismo brigam pelo poder, dentro das especificidades de cada governo islâmico dentro dos países islâmicos do Oriente Médio. Uns apoiam, outros fazem oposição ferrenha - com o uso de armas, guerrilhas e afins - contra a vertente do islamismo que domina uma determinada região, ou um povo específico.

Isto posto, a oposição à subida ao poder da vertente islâmica que tomou o poder no Irã teve muito apoio dos iranianos - devido em muito ao discurso de ódio e confronto aos Estados Unidos da América - transformando, novamente, a região em um novo barril de pólvora. O ápice disso ocorreu logo no início da Revolução Iraniana de 1979, quando estudantes invadiram a Embaixada dos Estados Unidos da América, ocorrida de novembro de 1979 - e mantida até janeiro de 1981 (tendo durado mais de um ano - 444 dias - e ter mantido sequestrados 52 profissionais diplomáticos norte-americanos). Esse episódio inspirou o filme Argos (de 2012, com direção de Ben Affleck) - baseado nos fatos aqui narrados - onde alguns homens da inteligência e dos serviços secretos se utilizaram da ideia de um filme "hollywoodiano" de ficção científica (que seria rodado nos desertos do Irã), utilizando-se disso para - supostamente após a conclusão do primeiro estágio de produção - terem levado de volta os E.U.A. os diplomatas que haviam - no dia da invasão - fugido para a embaixada do Canadá, concluindo com extremo êxito a extração dos seus alvos do conturbado Irã.



  

E, após os 40 anos do início da Revolução Iraniana de 1979, ela segue firme e forte, e - seguindo os preceitos da própria revolução - continuam afrontando os E.U.A. (e as nações pertencentes à ONU), em tudo o que podem, sendo um bom exemplo disso o próprio programa atômico iraniano, que, mesmo contestado e sendo vítima de embargos comerciais, não fazem arrefecer as pretensões nucleares do Irã. E acaba mantendo o Irã nessa "queda de braço" com o Ocidente (em especial, com os E.U.A.).




Agora é aguardar as cenas dos próximos capítulos para vermos o desenrolar dessa longa História...


quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Os 90 anos da Queda da Bolsa de Nova York (ocorrida em 24/10/1929)



No dia de hoje, 24 de outubro de 2019, estamos nos lembrando de um dos maiores desastres econômicos ocorridos na economia norte-americana - e, consequentemente, no mundo de então - que foi a chamada "Queda da Bolsa de Valores de Nova York", acontecida no dia 24 de outubro de 1929 (data que ficou, desde então, conhecida como a "Quinta-Feira Negra").

As formas como os Estados Unidos da América - e, no dominó que se seguiu, o restante do mundo - chegou a este caos econômico-financeiro têm raízes no período da Grande Guerra (e, em especial, nos chamados "Loucos Anos 1920"). Isso ocorreu devido ao "boom" econômico gerado pelo fato dos E.U.A. não terem se envolvido no que se conheceria, num futuro não tão distante, como Primeira Guerra Mundial de forma direta - ao menos até bem próximo de seu final, em fins de 1917 - mas sim de uma maneira muito mais "econômico-industrial" do que propriamente "bélico-militar", coisa que trouxe inúmeras benesses à economia norte-americana. E, já com o fim da guerra, a produção industrial norte-americana voltou-se para a economia civil, voltando a produzir bens de consumo para a sua economia emergente e em pleno crescimento...


Porém, no decorrer dos "Anos 1920", a tão pungente economia norte-americana foi dando mostras de que já não era, assim, tão poderosa como outrora. O crédito explodiu, o que poderia ser um bom sinal - caso o desemprego (principalmente nas indústrias), não começasse a aumentar de forma alarmante, sendo o seu principal motivo o fato da indústria do pós-guerra não ter mais a necessidade de tantos braços como no período da guerra, gerando um desemprego como a muito não se via...


Esse desemprego, que veio seguido de uma enorme inadimplência no comércio - que, por sua vez, tornou os comerciantes inadimplentes para com os fabricantes dos produtos vendidos pelos primeiros a estes últimos - fazendo da crise econômica um imenso dominó.


Visando minimizar os efeitos da crise econômica - que já estava ganhando o nome pelo qual acabou ficando conhecida: "Grande Depressão" - e, a longo prazo (essa depressão durou praticamente todos os "Anos 1930"), sanar e derrotar de vez a horrenda estagnação que a crise gerou, o presidente Franklin Delano Roosevelt lança uma série de medidas que ficam conhecidas como o "New Deal". Elas eram uma série de investimentos em grandes projetos de infraestrutura, tais como portos, estradas, represas, etc..., com o intuito de utilizar a grande mão-de-obra disponível - já que sem empregos convencionais - para melhorar ainda mais as estruturas dos E.U.A., evitando, assim, uma recessão muito mais duradoura. 


E, complementando e maximizando ainda mais a crise - que já não era pequena - aconteceu uma espécie de "crise dentro da Crise", que foi a extrema inadimplência de hipotecas imobiliárias - atingindo desde casas de subúrbio até fazendas (sendo que estas últimas tiveram o agravante de grandes reveses da natureza, como o empobrecimento do solo em localidades como o Centro-Oeste dos Estados Unidos da América, que se tornaram improdutivas "da noite para o dia"), fazendo com que perdessem o valor com igual velocidade...  


Como consequência direta dos problemas imobiliários - decorrente dos calotes nas hipotecas - muitos norte-americanos se viram sem suas casas, havendo, assim, uma explosão de moradias rústicas e sem o mínimo de infraestrutura e conforto - o que conhecemos tão bem como "favelas" (muito comuns durante a década de 1930, durante toda a "Grande Depressão").




A longo prazo as medidas do "New Deal" de Roosevelt acabaram por, no mínimo, aplacar - em partes - as agruras da "Grande Depressão", porém, somente depois da eclosão da Segunda Guerra Mundial - em 1939 - e, principalmente, após a entrada dos Estados Unidos da América no conflito - em fins de 1941 - é que a crise realmente foi debelada e vencida.

Devido, em muito, ao seu caráter de primeira grande crise capitalista do século XX, é que muito ainda se aprende com a "Crise da Queda da Bolsa de Valores de Nova York", sendo que muitos mecanismos hoje usados para evitar-se um novo colapso dessa magnitude, foram criados e aprendidos com as lições aprendidas com este evento.

Outra coisa muito digna de nota: foi essa crise - entendida, principalmente na Europa, não só como uma crise capitalista, mas também como uma crise da própria democracia liberal - que acabou por dar margem à subida ao poder de governos totalitários europeus (cujos expoentes podem ser considerados: o Fascismo, de Benito Mussolini, na Itália; e o Nazismo, de Adolf Hitler, na Alemanha), sendo que, num período de não mais do que duas décadas, levaria o mundo a sua mais sangrenta guerra: a Segunda Guerra Mundial.

[Um adendo: para entender melhor a principal consequência da "Crise da Queda da Bolsa de Valores de Nova York", favor acessar o link abaixo, com outro artigo deste blog "Histérica História" sobre o tema da Segunda Guerra Mundial.]

Uma narrativa da Segunda Guerra Mundial

Mas aí, como o link acima mostrará, já é outra história, não é mesmo?...

terça-feira, 1 de outubro de 2019

10 Grandes Mistérios de nossa História



Este artigo se prestará a analisar - à luz da História conhecida - alguns dos grandes mistérios de nossa História. Porém, é bom que se diga, o que chamamos de "História" é - meramente (em termos cronológicos) - um período de algo em torno de 6.000 anos (ou seja, contamos como História o que podemos constatar através da "Invenção da Escrita", que ocorreu por volta de, aproximadamente, 4.000 a.C.). Então todo o extenso período anterior a este fato - um período de, aproximadamente, 20.000 anos (no mínimo), e chamado comumente de Pré-História - é infinitamente pouco conhecido.

A quantidade de mistérios - ou, para usarmos um termo mais científico, de "ocorrências ainda não totalmente conhecidas, pesquisadas e/ou compreendidas" - é extremamente extensa, porém, acabei por escolher somente o pequeno número de 10 delas, para aqui apresentar a vocês.

Outra coisa que é bom que fique bem claro: o artigo se presta a apresentar esses mistérios, mas não é minha intensão fazer um tratado sobre algum dos assuntos. Quando muito, posso apresentar algumas hipóteses aos fatos, mas sem a pretensão de teorizar ou dar respostas definitivas aos casos aqui apresentados.

Portanto, vamos aos mistérios aqui escolhidos para este artigo...


1) O Dilúvio é um acontecimento registrado e contado por diversas culturas no planeta.


Como explicar que, na mais remota Antiguidade (na realidade, bem antes da Idade Antiga começar, já que estamos falando de algo em torno de 10.000 a.C., ou seja, ainda na Pré-História, possa ter havido um cataclismo tão violento e nefasto, e com uma abrangência tão extensa, que acabe sendo relatado - deixando-o para a posteridade, em forma de mitos, lendas e, por fim, por escrito (e isso em nada menos do que em livros como a Torá judaica e a Bíblia cristã, bem como em livros de cunho de narrativas de mitos e lendas, nas mais diversas culturas através do planeta). Sendo assim, é patente que não é só em nossas atuais religiões que se fala em Dilúvio. Muitas e muitas lendas e mitos - escritos ou não - criados por povos tão díspares entre si, tais como: os sumérios, os hindus, os chineses, os hopi (da América do Norte), os babilônicos, os hebreus, muitas tribos africanas, os gregos clássicos (e sua lenda sobre a cidade submersa de Atlântida), os vikings, os aborígenes australianos (sendo este povo com a cultura mais antiga ainda sobre o planeta), dentre várias outras que poderíamos citar aqui. 

Algumas coisas são bem comuns em todas as narrativas, sendo que podemos apresentar estas, em especial: o Dilúvio foi enviado pelos deuses (ou por Deus, dependendo da cultura que fez a narrativa), bem como foram estes mesmos deuses (ou Deus), que salvou da morte certa uma parte da humanidade; em todas essas culturas - independente de como era a sua contagem do tempo - com alguns cálculos básicos, sempre chegamos a data do Dilúvio como sendo em algo bem próximo de 10.000 a.C. (sendo que, durante esse período, ocorreu um gigantesco desgelo nas geleiras do norte do planeta, como parte do processo de final da última Era do Gelo), fazendo com que a Ciência consiga, em parte, confirmar o acontecimento; e, por fim, há uma grande quantidade de achados arqueológicos - em cidades submersas, de diversas localidades pelo planeta - que, ao serem datadas, mostram que suas submersões ocorreram - também - por volta da mesma data de 10.000 a.C., o que mostra o quão no início ainda estamos (com relação a este assunto). Em outras palavras: ainda é um grande mistério para todos nós...


2) Granito Núcleo 7, de corte circular, feito no Egito antigo.


A peça acima exposta é conhecida como Núcleo 7 e é um pedaço de granito cortado em formato circular - com uma circunferência perfeita - e é algo que qualquer serra circular diamantada, em qualquer serralheria ou marmoraria atual, é capaz de cortar em alguns minutos. Porém, o grande mistério aqui é o fato dessa pedra muito bem cortada ter sido encontrada perto das Grandes Pirâmides de Gizé, no Cairo, capital do atual Egito, ainda no século XIX, e - mais intrigante ainda - é o fato dela ter sido datada, por carbono, como tendo algo em torno de 4.500 anos de idade. Ou seja, essa descoberta é como encontrarmos uma maravilha da engenharia das mais modernas, feita no mesmo período da construção das pirâmides. Não parece encaixar, não é mesmo?

Nesse caso, o grande mistério é: tinham os egípcios uma tecnologia tão moderna? Afinal, ela deveria ser bem a frente de seu tempo, uma vez que, em nossos dias, para fazermos o mesmo tipo de peça, temos de utilizar uma serra circular, que se utilize de energia elétrica, e que seja diamantada (mesmo que se desconheça o fato dos egípcios terem se utilizado de diamantes, por qualquer motivo que fosse). E, outro ponto importante: com as ferramentas e a tecnologia que atribuímos aos egípcios àquela época, seria impossível fazer uma peça como aquela. Sendo assim, estamos com outro grande mistério a nossa frente...


3) Hieróglifos com veículos modernos em templo em honra do faraó Seti I, na localidade de Abydos (no Egito antigo).


O que podemos dizer sobre o achado de hieróglifos egípcios bastante antigos - com mais de 3.000 anos de idade - em um templo construído em honra do faraó Seti I (considerado o primeiro faraó da XIX Dinastia, já durante o chamado Novo Império, tendo ele reinado entre os anos de 1290 e 1279 a.C.), e, ao analisarmos os mesmos, podermos reconhecer - nitidamente - representações de helicópteros, lanchas do tipo dos atuais veículos anfíbios (como os "hovercraft"), e, até mesmo, relevos com naves aéreas muito parecidas com a nossa iconografia contemporânea para se mostrar o que hoje chamamos de "discos voadores"?

É esse tipo de achado que alimenta tanto as várias teorias conhecidas como "Teoria dos Alienígenas Ancestrais" (aquela que - grosso modo - nos diz que os deuses narrados na maioria das culturas e religiões, foram, na realidade, seres de outros planetas, que nos visitaram em nosso passado remoto, com o intuito de nos ajudar em nossa evolução planetária). Esse é um dos mistérios - ou teoria misteriosa - que permeia muitos dos mistérios aqui apresentados (e em muitos outros pelo mundo).


4) Bateria encontrada na Bagdá antiga.




Este é outro caso notório de tecnologia dita moderna encontrada num passado longínquo (como é o caso dessa antiga bateria elétrica, que é totalmente funcional). Ela foi encontrada, no século XIX, por um arqueólogo alemão, nas imediações da atual Bagdá (em um sítio arqueológico onde boa parte da antiga Bagdá estava sendo escavada).

Agora, o mais intrigante é que, seguindo-se a sua forma de montagem e de utilização, obtêm-se, sim, uma carga elétrica que pode ser medida por um amperímetro dos atuais. Os partos - povo integrante do Império Parta (ou Parto), e que fundaram a antiga Bagdá, tinham energia elétrica utilizando-se desse tipo de bateria? Boa pergunta! E a resposta a isso é mais um dos mistérios a serem analisados melhor num futuro próximo...


5) Um estranho hieróglifo de uma espécie de Lâmpada, presente num relevo das paredes de Dendera (num templo dedicado a deusa Hator), no antigo Egito.


Aqui se apresenta outro caso notório de tecnologia atual sendo antevista num passado remoto. Afinal de contas, se olharmos para o relevo acima apresentado (encontrado no templo de Dendera, em honra da deusa Hator, no antigo Egito), o que vislumbramos é uma imensa lâmpada elétrica (que contém até mesmo o filamento incandescente interno da mesma). Mas, de novo, nos deparamos com a mesma pergunta que nos suscita a bateria de Bagdá: havia energia elétrica nesse período egípcio da Antiguidade?

Bom, quanto a esta resposta, ela é vista de duas formas: ou a que é considerada óbvia (ou seja: não havia energia elétrica no mundo até o século XIX), ou, se havia eletricidade antes disso, não há comprovação disso até os nossos dias (mediante os estudos e as escavações feitos até então). Mas, não há como negar que muitas dúvidas ficam no ar, e, dentre elas, a mais simples e mais banal é a que mais atordoa os estudiosos: se não havia energia elétrica no Egito antigo - e tudo o que foi esculpido e pintado nas pirâmides e tumbas de faraós e de nobres foram feitos com o uso de lamparinas abastecidas com algum tipo de óleo - por quê, então, não há nenhum tipo de fuligem negra nos tetos de nenhuma dessas obras? Bem, esse é outro dos mistérios que a posteridade deverá solucionar...


6) Mecanismo de Anticítera encontrado no litoral de ilha grega, criado na Grécia antiga.


Este outro artefato da Antiguidade (no caso, da Grécia antiga), é interessantíssimo. Afinal de contas ele foi encontrado, por acaso, em 1901 - e acabou sendo datado como sendo de, aproximadamente, 87 a.C. - deixando, a princípio, todos abismados (já que não se sabia o que ele era e nem para que era utilizado). E, durante um bom tempo, ficou-se somente nas hipóteses sobre o mecanismo. O nome de "Mecanismo de Anticítera" vem, justamente, do fato de não se saber exatamente o que ele é (daí "mecanismo"), e mais o termo "de Anticítera" (devido ao local onde o mesmo foi encontrado, no fundo do mar, bem ao largo da costa da ilha grega de Anticítera, próxima à ilha de Creta).


Demoraria ainda um certo tempo para que exames mais detalhados, com equipamentos mais modernos - com uma tecnologia mais precisa (como em escaneamentos digitais e espectrogramas computadorizados de alta resolução) - para que se pudesse ter uma ideia melhor do que esse mecanismo realmente era. E isso só aconteceu durante a segunda metade do século XX (quando, por exemplo, em 1971, utilizaram raios gama para fazer uma análise completa do mecanismo, inclusive por dentro de suas engrenagens). O resultado, desses exames todos, foi que o mecanismo era parte de um equipamento maior e mais complexo e, com essas conclusões, chegou-se à seguinte teoria: ele era uma máquina de cálculos (podendo ser, até mesmo, considerado como uma espécie de precursor dos computadores), e sua utilização era em cálculos astronômicos, podendo ser usado para se prever eclipses, trajetória de planetas, rotação e grau de inclinação do nosso planeta, etc... Ele é, na verdade, a prova de que a tecnologia da Antiguidade - em especial, na chamada Grécia Clássica - era bem mais avançada do que supúnhamos anteriormente, o quê, por si só, já nos soa como um mistério (porém, nesse caso, um mistério mais solúvel, digamos), ao menos de início, que outros aqui apresentados. Mas, quanto ao seu funcionamento - por exemplo - ainda estamos longe de compreendermos bem este espantoso equipamento (e de cujo "Mecanismo de Anticítera" é apenas uma parte de um todo maior e mais complexo). Aguardemos os próximos capítulos dessa saga!!...


7) Vestígios de explosão nuclear em Mohenjo-Daro, no Paquistão antigo.



Outro imenso mistério da Antiguidade é o caso de Mohenjo-Daro, uma cidade da região do Paquistão antigo, é interessantíssimo. E também é um dos maiores exemplos de caso misterioso que é correlacionado à teorias advindas diretamente das chamadas, comumente, "Teoria dos Alienígenas Ancestrais". E, ao adentrarmos a história que aqui contaremos, podemos entender melhor o porquê disso. Afinal de contas, onde poderemos encontrar um outro lugar em que, em plena Idade Antiga, pode-se ter um local onde - ao menos quanto a muitos dos estudos por lá perpetrados - pode ter havido um ataque nuclear de proporção tamanha a ponto de deixar traços e vestígios vistos até os dias de hoje.

Agora, é bom que se diga: a Ciência convencional não concorda com isso tudo, dizendo que a localidade foi utilizada por um bom tempo e que, por volta de 4.000 a.C., a mesma foi abandonada (não se tendo, ainda, uma boa resposta para a causa desse abandono). Porém, para os adeptos da "Teoria dos Alienígenas Ancestrais", alguns pontos são muito emblemáticos - e, até mesmo, tido abertamente como um dos bons exemplos, dos mais bem acabados, da própria teoria - como podemos ver quando analisamos os fatos sob esse prisma. Façamos - também nós - isso, portanto. Como houve uma debandada geral do local, toda a história conhecida de Mohenjo-Daro acaba dando margem à isso; porém, muito mais aconteceu - ou pareceu acontecer - para que toda essa suposição tenha algum tipo de embasamento (ou pseudoembasamento, como diriam os cientistas mais - digamos - convencionais), uma vez que, nessa localidade, não se encontrou cemitérios (mas sim, vários e vários corpos, que foram encontrados no cume do maior morro no entorno da cidade, parecendo que todos estavam ali tentando fugir de alguma hecatombe cruel e sem saída), tendo todos posições estranhas - como se tivessem morrido de forma rápida e sem chance alguma de salvação - e seus corpos têm, até hoje, altos graus de radioatividade. Também parecendo corroborar a ideia de ataque nuclear é o encontro - em toda a área da cidade, de rochas vitrificadas (coisa que só acontece em temperaturas extremamente altas - como as que são atingidas numa explosão atômica). E, para terminarmos por aqui, muitos associam a ideia de uma guerra nuclear ter gerado esse sítio arqueológico tão ímpar, se baseando nos textos hindus antigos (pertencentes aos Vedas), em especial o chamado "Mahabharata" (que narra uma guerra entre seres poderosos - chamados de deuses na mitologia e religião hindu, e isso até nossos dias - sendo que a batalha e suas armas, remetem aos resultados de uma guerra atômica). E, se vistas com nossos olhos contemporâneos, realmente fica difícil não pensar nisso. Como podem ver, é um dos grandes - e bem pouco conhecido, ainda - mistérios da História...


8) A enorme e misteriosa Caverna de Longyou, construída na China antiga.



Um dos mais novos mistérios da História é o encontro de vastas cavernas (todas com traços nítidos de algum tipo de intervenção humana - ao menos em parte - coisa curiosa, em se tratando de uma caverna). Estamos falando da chamada Caverna de Longyou, encontradas somente em 1992, na província de Zhejiang, na China.


A Ciência convencional ainda não tem uma boa teoria quanto aos motivos da existência das cavernas, muito menos quem às fez (ou o porquê de às terem feito). Outra coisa - que é a que mais dá clima de mistério às cavernas (e acaba lingando-as à chamada "Teoria dos Alienígenas Ancestrais") - é o fato de, sendo o Império Chinês tão conhecido por documentar muito bem todos os atos, leis e construções durante a sua milenar História, não haver nada sobre as cavernas (mesmo sendo as mesmas uma construção tão espetacular), o que é, no mínimo, extremamente estranho. E, para não nos estendermos nesse assunto (ainda muito pouco conhecido e mesmo estudado), podemos citar seu maior mistério: onde foram parar os milhões de metros cúbicos de terra retirados de uma construção tão enorme como são essas cavernas e grutas? Afinal, deveria haver algum tipo de vestígio - principalmente numa realocação tão grande de pedras, terra e detritos que uma empreitada como a Caverna de Longyou geraria - vocês não acham? Daí o tamanho e a extensão desse mistério...


9) Mapas antigos em que já se encontrava a localização das Américas.



Um dos mistérios da História que se fala já há um bom tempo é referente às Américas, afinal, em várias culturas, se encontram alusões que nos levam a crer que - muito antes da viagem de Cristóvão Colombo, em 1492 - muitos povos já tinham conhecimento (e, em alguns casos, até mesmo contato) - com as Américas.



Achamos essas evidências, principalmente, em mapas antigos - como o que apresentamos acima - onde podemos dizer que "as contas não batem". Afinal, como explicar mapas onde as Américas aparecem antes das mesmas terem sido - oficialmente - descobertas? É o caso do já citado - e apresentado - mapa acima (feito mais de 500 anos ANTES da viagem de Colombo), mapa este feito pelos chineses. E há casos mais emblemáticos, como mapas e citações sobre terras a oeste da Europa, ocorridas ainda durante a Idade Média. (em datas tão díspares como em 1325). Em um dos casos (sendo que, nesse caso, o foco é o nosso próprio Brasil, ainda durante a Antiguidade, por volta de se fala sobre uma ilha que davam o nome de "Hy Brazil", sendo esse fato citado como sendo parte de lendas de povos antigos que habitavam a atual Irlanda, isso lá nos idos de 480 a.C.). Estranho? Misterioso?? Impossível??? Bom, como a maioria desses mistérios da História, muito ainda falta para entendermos mais sobre o assunto...


10) Flagrantes de viajantes do tempo em vários períodos históricos?




Bem, e agora vamos ao nosso último tópico, sendo que, como de hábito, deixamos o melhor - ou o mais emblemático - pro final. Vamos a ele?...


Acho mesmo que, dentre os assuntos abordados na "Teoria dos Alienígenas Ancestrais", os assuntos mais analisados e comentados são os que têm a ver com viagens (sejam elas viagens no tempo, no espaço longínquo ou entre outras dimensões). E, mesmo que pareça um assunto totalmente ilusório - puramente, um caso de ficção científica - é bom que não nos esqueçamos de que, o maior físico que já tivemos - o grande Albert Einstein - postulou (em sua "Teoria da Relatividade Geral", em 1915), que, ao menos de forma teórica, a viagem no tempo é algo possível (deixando claro que somente a viagem para o futuro seria coerente, mas o contrário, a tão sonhada viagem ao passado, não o era). Porém, o que mais nos traz assombro é justamente que as fotos que aqui apresentamos poderiam - se realmente comprovadas - provar a existência de viajantes do tempo que voltaram ao passado. Se não, como explicarmos as fotos aqui apresentadas, sendo elas: na primeira, de 1917, aparece um rapaz, com cara e roupas de um surfista da década de 1960, presente numa cena ocorrida quase 50 anos, em seu passado; na segunda, da final da Copa do Mundo de 1962, no Chile (quando o Brasil tornou-se Bi-Campeão Mundial), aparece um repórter fotografando Mauro - o capitão de nosso Bi, prestes a levantar a Taça Jules Rimet - com o que nos parece um aparelho celular); e, por fim, outro viajante do tempo aparece, com roupas e óculos escuros, bem coerentes com a moda dos Anos 1980 / 1990, numa foto dos Anos 1950. Eh, aí? Eram viajantes do tempo visitando o passado histórico?? Só o tempo - e os devidos estudos e pesquisas - poderão, num futuro próximo, nos revelar mais sobre estes mistérios da História... 


-x.X.x-

Espero que tenham gostado do artigo. Sua foi uma tentativa de mostrar a História como algo que - na realidade - ainda não está totalmente "fechada", conhecida - coisa que é bem comum nessa Ciência (diferente do que muitos acham). E dizemos isso não simplesmente devido aos mistérios aqui apresentados, mas também devido às mudanças que vão ocorrendo nos textos históricos e em seus estudos, uma vez que a História muda sempre (dependendo, para isso, que novas descobertas aconteçam, coisa que ocorre todos os dias, é bom que se diga)...

E, para que se conheça mais da aqui apresentada "Teoria dos Alienígenas Ancestrais", achamos importante que acessem o link abaixo, para darem uma olhada no site da programa de TV "Alienígenas do Passado", do canal de TV fechada ("à cabo"), HISTORY, que têm muitos programas sobre esses assuntos aqui tratados (e muitos outros):

Alienígenas do Passado - History


Outro link legal para que vocês acessem é o que segue, de outro artigo deste blog "Histérica História", onde o assunto são novos sítios arqueológicos encontrados recentemente (muitos deles ligados, de alguma maneira - e por alguns estudiosos - ao assunto da "Teoria dos Alienígenas Ancestrais"):

Novos sítios arqueológicos: a evolução da História



Por enquanto é isso!! Até um próximo artigo...