quarta-feira, 6 de março de 2019

Contracultura: uma narrativa.


A Contracultura foi um movimento cultural e artístico ocorrido, em especial, no decorrer dos Anos 1960. Ele ocorreu em diversas vertentes das Artes, e este artigo se presta a fazer um resumo do que o movimento foi, bem como em quais tipos de arte ele foi presente. Assim sendo, veremos tudo isso à seguir:

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Na Literatura:

Contracultura praticamente nasce no âmbito da Literatura, em especial ao que foi produzido por escritores do final dos Anos 1950 e do princípio dos Anos 1960 (e que ficaram conhecidos como "Geração Beat"), sendo que, dentre eles, os principais foram: Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William S. Burroughs. E, respectivamente, as obras principais de cada um deles - "On the Road" ("Na Estrada"), "Howl" ("Uivo"), e "Naked Lunch" ("Almoço Nu") - acabam por tornarem-se livros de cabeceira da própria "Geração Beat" - ou "beatniks" (como também eram conhecidos) - acabarão sendo os inspiradores, em muitos sentidos, do próprio Movimento "Hippie" (que ocorrerá, como parte também da Contracultura, mais adiante).




Na Música:



A trilha sonora da Contracultura foi, basicamente, o Rock'n'Roll, sendo que as grandes bandas de rock, por todos os Anos 1960 e Anos 1970, tinham em seu cerne, elementos da própria Contracultura, podendo dizer que ajudaram a criar e faziam parte da mesma. E este é o caso de uma extensa lista de bandas e cantores, tais como: The Doors, Jefferson Airplane, Janis Joplin, Deep Purple, Pink Floyd, Bob Dylan, Jimi Hendrix, Crosby, Stills, Nash and Young, Grateful Dead, Cream, Creedance Clearwater Revival e Led Zeppelin, bem como os Rolling Stones, e até mesmo os Beatles (cujo nome deriva dos escritores "beats"). O ponto alto dessa "dobradinha" Contracultura/Rock'n'Roll viria a acontecer no Festival de Woodstock - cujos 50 anos irão se completar em agosto próximo [aguardem artigo sobre Woodstock, especificamente, aqui no blog "Histérica História", em agosto de 2019] - que aconteceu em agosto de 1969, sendo até hoje considerado o maior festival de rock de todos os tempos. E, por ter acontecido no auge do movimento da Contracultura, essa aura só tendeu a aumentar, com o passar do tempo...




Nas Artes Plásticas:

A Contracultura permeou toda a cultura de seu tempo, inclusive as Artes Plásticas. Vários pintores e escultores "beberam de sua água", e, dentre estes, o que mais se destacou foi o artista plástico norte-americano Andy Warhol, que acabou - se utilizando da Contracultura como pano de fundo - criando uma nova escola artística (muito influenciada pela publicidade, já que Warhol começou como artista publicitário), e que ficou conhecida como "Pop Art", utilizando-se de ícones do cinema e da música, bem como dos próprios produtos da publicidade, como inspiração para suas obras de arte (sempre se utilizando muito do design gráfico, da serigrafia e de outras fontes "menos nobres" de arte para, assim, dar vida às suas criações artísticas). Pop puro e contracultural até a medula!! 



Nas Histórias em Quadrinhos:

Já na área das Histórias em Quadrinhos, a Contracultura acabou dando vazão à criatividade de uma nova gama de quadrinistas que acabaram criando o que ficou conhecido como o movimento dos Comix, nos Estados Unidos da América. Isso consistia em se criar HQ's mais adultas, com temáticas mais afeitas ao lema do "Sexo, Drogas e Rock'n'Roll" (em contrapartida aos quadrinhos mais comerciais - e mesmo os de temática infantil - cujo nome era, mais comumente, conhecido por Comics). Vários grandes nomes dos quadrinhos e muitas ótimas revistas de Comix apareceram nesse momento, tais como: Harvey Kurtzman, criador da revista MAD, e Robert Crumb (com seus personagens: Fritz, the Cat e Mr. Natural), e Gilbert Shelton (com seus personagens: The Fabulous Furry Freak Brothers), com muitas de suas histórias sendo publicadas em revistas como a ZAP Comix (criada por Crumb). Estas publicações e quadrinistas inspiraram as HQ's undergrounds por todo o mundo (inclusive no Brasil, com publicações como a Chiclete com Banana, de Angeli).






















E aqui no Brasil:



Contracultura inspirou artistas de várias áreas, também aqui no Brasil. E, como marca maior da Contracultura tupiniquim, podemos citar o movimento musical - mas não somente dessa área artística - da Tropicália, ocorrido no final dos Anos 1960. Pra conhecer melhor esse movimento, acesse o link abaixo, e leia um artigo desse mesmo blog - "Histérica História" - sobre este assunto:

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Espero que tenham curtido essa espécie de "resumão" do que foi o movimento da Contracultura. E, pra não fugirmos do assunto, nunca é demais gritarmos um de seus lemas mais inspirados: "Make love, not war!!!"...


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