quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

A história do Carnaval

O Carnaval é uma festa das mais emblemáticas do mundo. Para conhecermos a sua história devemos quase que sambar ou mesmo fazer um grande ziriguidum pelo tempo. Mas façamos uma força e vamos tentar. Com vocês, a história do Carnaval... 


             


Mas primeiro, qual a origem da palavra Carnaval?

Existem alguns significados. Dentre eles, temos:

1. Vem do Latim, carnis valles, “carne” e “prazeres”, ou seja: “prazeres da carne”.

2. E, também do Latim, currus navalis, ou seja: “carro naval” devido ao costume de se fazer carros que imitavam barcos, para desfilar-se com eles pelas ruas de Roma durante a festa.



O início, na Grécia Antiga

Entre os anos de 600 a.C. e 520 a. C. dá-se a origem do Carnaval, com festividades para determinados deuses (como Cronos, Dioniso e ), ocorrendo todos os anos. Nelas tenta-se subverter a ordem natural das coisas, não se trabalhando durante estas festividades, dançando-se nas ruas, com muitas cantorias, sátiras e afins...





Na Roma Imperial e no início da Igreja Católica

Principalmente à partir do século II d. C. começa a acontecer a junção de festivais de deuses pagãos (Saturno, Baco e Lupércio), com as festividades da Igreja Católica, dando-se assim origem à ligação cristã com o Carnaval. Nessa versão a ordem era se divertir com festas, cantorias e danças, uma vez que, logo após o Carnaval, iniciar-se-ia a Quaresma – período de quarenta dias de jejuns, procissões, penitências e orações – preparando a todos pra festa máxima da Igreja Católica Apostólica Romana: a Páscoa.





Durante o Renascimento, no século XVI

Durante o Renascimento, a partir do século XVI, incorporaram-se os bailes de máscaras, as fantasias e resgatou-se a antiga ideia dos carros alegóricos, que, como já vimos, vem dos primórdios do Carnaval (ainda na Roma Antiga). Foi, portanto, nesse momento que começou a ter-se uma festa mais organizada (diferente do que ocorria com a festa durante a Antiguidade).




Já na Idade Contemporânea, no século XIX 

O Carnaval moderno, com desfiles e fantasias, nasceu durante a sociedade vitoriana, na Inglaterra do século XIX.  Porém foi de Paris que se exportou a festa carnavalesca pro resto do mundo, em cidades tão díspares quanto New Orleans (nos EUA), Toronto (no Canadá), ou Rio de Janeiro (no Brasil). Dessa última veio a ideia das Escolas de Samba, também presentes hoje em vários lugares do mundo, como Tóquio (no Japão), Helsinque (na Finlândia), ou São Paulo (também no Brasil).  




As origens do Carnaval no Brasil

A história do Carnaval no Brasil acaba por misturar-se bastante, com contribuição das raças; no caso dos negros, foram os ritmos africanos, dançados na senzala, que acabaram por originar os antigos sambas (antecessores do samba atual). A história do Carnaval no Brasil inicia-se entre os séculos XVII e XVIII, com um misto de festa popular e de jogos e brincadeiras infantis chamado “Entrudo”. Este era muito popular durante o período do “Brasil Monárquico” e consistia em guerras de água, frutas podres, farinha, etc... Era considerado muito grosseiro.






Ainda nos séculos XVII e XVIII foram introduzidos os desfiles urbanos, com foliões mascarados que utilizavam-se cada vez mais dos personagens do universo carnavalesco, tais como: o Pierrô, a Colombina, o Arlequim ou o Rei Momo. Durante o Segundo Reinado – na segunda metade do século XIX – as folias de Carnaval valiam-se da festa para criticar D. Pedro II, utilizando-se da sátira para fazer oposição ao monarca. No final do século XIX apareceram os primeiros blocos carnavalescos e cordões. Estes se popularizaram mesmo a partir do início do século XX, juntamente com os desfiles de automóveis decorados com adereços de carnaval, os chamados corsos (que deram mais uma nova origem aos carros alegóricos). A primeira Escola de Samba do mundo é carioca: a “Deixa Falar” desfilou pela primeira vez em 1928. E em 1948 a Escola de Samba “Depois Eu Digo” já arrastava multidões. Isso foi o início do processo que acabou exportando as escolas de samba pra todo mundo.











E, finalizando: talvez seja por isso mesmo (devido a esta evolução praticamente permanente), que o Carnaval é uma das festas populares e que mais crescem em todo o mundo...

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Novos sítios arqueológicos: a evolução da História

Há os que dizem que a História é uma ciência que não evolui, onde nada muda e em que são estudados - ano após ano - os mesmos fatos históricos, sobre as mesmas civilizações. Este artigo se presta a mostrar o quão errônea pode ser esta afirmação...

Para tanto, listarei abaixo 5 novos estudos da História, que, em associação com a Arqueologia, estão lançando nova luz sobre nosso ainda pouco conhecido passado, mostrando que o que chamamos História (esse período de tempo que se inicia com a invenção da escrita, em mais ou menos 4.000 a.C.), poderia ser considerado bem posterior em seu início, ao menos se tomarmos por parâmetro estes sítios arqueológicos aqui apresentados...

Vamos a eles:

1) Gobekli Tepe

Sítio na Turquia que supõe-se ser um templo, um dos mais antigos já construídos, datando de algo em torno de 9.000 a.C. Parece ter sido enterrado depois de anos de uso, coisa ainda não entendida em sua totalidade... 


2) Çatal Huyuk

Uma das primeiras cidades, também situada no interior da atual Turquia, é datada de mais ou menos 7.000 a.C. Suas casas eram construídas sobre a primeira versão delas. Assim elas iam subindo em altura, sendo as anteriores, muitas vezes, transformadas em túmulos...


3) Puma Punku

Complexo de templos em Tiwuanaku, na atual Bolívia, e pertenceram a uma civilização que antecedeu os incas em muitos anos, mas, mesmo assim, ainda na era cristã. O que mais intriga os estudiosos é a precisão do corte das pedras, bem como o tamanho descomunal de algumas delas, difícil de se fazer até com nossa atual tecnologia...



4) Gunung Padang

Sítio megalítico construído por volta de 10.000 a.C., na Indonésia. O que é mais impressionante, além da quantidade colossal de pedras, que anteriormente eram um monumento religioso, é o aspecto de destruição que o sítio tem, conjecturando-se que o local pode ter sido vitimado por uma catástrofe pluviométrica ou aquática, algo como um tsunami, ou mesmo o próprio Dilúvio (já que várias culturas pelo mundo falam desse evento, que deve ter ocorrido no final da última Era do Gelo, ou seja, por volta de 10.000 a.C., mesmo)...



5) Pirâmides submersas da ilha Yonaguni

Na costa da ilha Yonaguni, no Japão, foram descobertas, por acaso por um mergulhador japonês, as ruínas de uma cidade inteira, com ruas, casas, monumentos e - pasmem - pirâmides submersas, a uma profundidade de 38 metros. As datações feitas colocaram as edificações como as mais antigas do planeta, sendo elas de 11.000 a.C. Com este cálculo, elas são 8.000 anos mais antigas que as pirâmides de Gizé, no Egito...



Espero que tenham gostado de conhecer essas "novidades" - ao menos no âmbito da Arqueologia - mostrando o quão ainda estamos apenas "raspando" de leve o conhecimento histórico de nossa aventura na Terra!!! O que é sempre bem instigante...