Capítulo 1 - Nova Apresentação Histórica
Vocês
já me conhecem! Sou eu, novamente: o Mário! Mário de Andrade, pra ser mais
exato... Agora, se realmente me conhecem, devem saber de minha predileção pelas
– digamos – crônicas jornalísticas de cunho histórico-narrativo. Essa ‘ocupação
crônica’ – ou mesmo esse ‘hobby em tempo integral’, como queira – rendeu-me
muitas boas histórias (já publicadas, ora publicadas, ou – quem sabe – ainda a
publicar); porém, não é exatamente sobre isso que eu gostaria de falar ainda,
mas, isto sim, de algo que poderíamos ter como um novo advento desta minha
particularidade...
Porém,
dessa vez apresentarei a vocês algo diferente do que já fiz anteriormente.
Explicando: não são os meus encontros com anônimos de nossa História – como se
mostrou ser praxe no material exposto na publicação anterior – que irei narrar
a vocês; mas sim a história de um de meus antepassados (que, até bem pouco tempo
atrás, eu nem sabia que existia), e que, de uma forma bem inusitada, acabou por
chegar ao meu conhecimento. Como foi que isso aconteceu? É o que contarei a
vocês a seguir...
Meu
pai sempre foi a pessoa responsável pela guarda de vários documentos e fotos de
minha família. Há alguns meses atrás ele, infelizmente, veio a falecer. E, após
todos os trâmites de seu funeral, sepultamento, e o posterior período de luto, acabei
sendo designado por minha família – devido, principalmente (ao menos assim eu
imagino), ao meu inerente interesse por este tipo de assunto – a dar uma
primeira olhada nos papéis, fotos, lembranças, etc., que estavam em poder de
meu pai (ao que, mesmo sem saber exatamente com que material eu iria me deparar,
aceitei de imediato, talvez, mesmo, antevendo tudo o que poderia advir disso
tudo). Mas nada poderia ter me preparado para o que eu estava prestes a
descobrir! E, com isso, lá fui eu dar uma olhada no porão, onde todo esse material
se encontrava...
Como
vocês verão no decorrer desta obra, minhas descobertas, na casa de meu velho e
saudoso pai, prometiam ser por demais proveitosas, já que o antepassado o qual
aludi mais acima – nesse mesmo texto – é de uma riqueza tamanha que vocês
também ficarão aturdidos e encantados com tudo o que ele irá nos apresentar (tanto
como testemunha, como também quando foi ele mesmo o agente dos fatos históricos
que se seguirão neste livro, ora apresentado), mesmo que em um papel de anônimo
de nossa História...
Espero
que gostem – e que se divirtam – com essas minhas reflexões e/ou elucubrações
(feitas por sobre os relatos, apontamentos e opiniões deste meu antigo, anônimo
e, por que não dizer, ilustre familiar); porém – e talvez devido a isso mesmo –
não o podemos considerar menos importante para o conhecimento da história do
Brasil, sendo esta a história de um Brasil mais anônimo!...
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