Na próxima segunda-feira - dia 10 de dezembro de 2018 - estaremos completando os exatos 70 anos de uma data considerada importante para a paz e os direitos de todos nós, seres humanos que moramos nesse pequeno planetinha azul. Isso porque foi no dia 10 de dezembro de 1948 que se criou (e que foi declarada) - em Paris, na ainda nova entidade da Organização das Nações Unidas (a hoje tão falada e comentada ONU) - um documento que ficou, desde então, chamada de Declaração Universal dos Direitos Humanos. E ela, mesmo sendo algo que hoje pode nos parecer até algo de uma obviedade gigantesca, pôde ser considerado como uma grande evolução nos direitos de todos os habitantes desse nosso Planeta Terra.
Porém, para que essa Declaração fosse - realmente - colocada em prática, foi um processo que - de forma mais ou menos intensa - ainda perdura até os nossos dias (com momentos de evolução e de retrocesso, dependendo de que país estamos falando, ou de que guerra perdura num determinado local e momento, por exemplo). Resumindo: depende de quem "dá as cartas" - politicamente e/ou economicamente falando - no momento histórico em que, realmente, se está vivendo...
Vamos deixar claro, na imagem abaixo, qual é o principal dos direitos estabelecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. O seu, digamos, princípio básico, irremediável e inalienado. Então, aí vai ele:
Eh, aí? O que vocês acham?? Esse princípio é cumprido e levado a sério pela totalidade - ou, ao menos, por uma maioria de peso - da humanidade??? É óbvio que não. Porém, por que a Declaração foi feita - e, em sua maior parte, não acatada - não sendo levada a tento nesses já 70 anos da existência da Declaração Universal dos Direitos Humanos? É o que tentaremos explicar no decorrer desse artigo...
Podemos dizer que os motivos mais fortes para essa Declaração ter sido criada foram as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial - em especial, os crimes cometidos pelos nazistas alemães contra os judeus (o que eles chamavam, pura e simplesmente, de "solução final", e o que o mundo conheceu como Holocausto), inclusive não podendo ser uma mera coincidência que a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi instituída no mesmo ano da Criação do Estado de Israel, ocorrida alguns meses antes, em 14 de maio de 1948).
Também não é surpresa que estes fatos acabaram por dar uma sobre força à própria criação da Organização das Nações Unidas (a hoje tão conhecida ONU) - mesmo que ela tenha sido criada logo após o término da Segunda Guerra Mundial (no dia 24 de outubro de 1945), porém, o que aconteceu, mesmo, é que a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Criação do Estado de Israel lhe deram um certo statos de poder e à legitimou imensamente, fazendo com que muitos países - ainda reticentes quanto a se juntarem à ONU - começaram a pensar com mais seriedade sobre fazerem parte da Organização (coisa que não aconteceu com sua antecessora, criada ao término da Primeira Guerra Mundial, em 1919: a Sociedade das Nações ou Liga da Nações, como também ficou conhecida).
Também não é surpresa que estes fatos acabaram por dar uma sobre força à própria criação da Organização das Nações Unidas (a hoje tão conhecida ONU) - mesmo que ela tenha sido criada logo após o término da Segunda Guerra Mundial (no dia 24 de outubro de 1945), porém, o que aconteceu, mesmo, é que a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Criação do Estado de Israel lhe deram um certo statos de poder e à legitimou imensamente, fazendo com que muitos países - ainda reticentes quanto a se juntarem à ONU - começaram a pensar com mais seriedade sobre fazerem parte da Organização (coisa que não aconteceu com sua antecessora, criada ao término da Primeira Guerra Mundial, em 1919: a Sociedade das Nações ou Liga da Nações, como também ficou conhecida).
Se não, vejamos: um dos próprios países - signatário da Declaração - os Estados Unidos da América (EUA), e também um dos articuladores da Declaração [na foto acima, a primeira-dama norte-americana, Eleanor Roosevelt, checando uma impressão do texto todo da Declaração Universal dos Direitos Humanos], acabou não levando tão em conta - ou tão a sério - assim, a própria Declaração. Afinal de contas a Declaração Universal dos Direitos Humanos era acatada e obedecida quando estava em voga os direitos dos brancos (e, já quando o assunto eram os direitos dos negros - o exemplo mais forte - era como se ela, simplesmente, não existisse). Outro caso notório - na verdade, aqui são vários casos, todos com relação (direta ou indireta), às disputas da Guerra Fria - é o fato de que os Estados Unidos da América (EUA) - de novo eles - terem interferido na política de diversos países (principalmente na América Latina), visando, com isso, dissuadir a aparição de novos governos comunistas na região, não se importando que, para isso, apoiassem e treinassem os opositores de direita - que, em sua grande maioria, se uniam aos militares, para que tomassem o poder à força - com o uso de golpes de Estado - utilizando, inclusive, a CIA em cursos intensivos para o uso de caça, de perseguições, da famigerada tortura e de matança indiscriminada para atingirem seus objetivos.
Durante o auge da Guerra Fria (na década de 1960), foi justamente o período em que mais se desobedeceram os Direitos Humanos (como acabaram sendo chamados, mais comumente, desse momento em diante). Afinal, foi nessa década que muitos fatos extremamente autoritários foram perpetrados - e em muitas localidades pelo planeta - coisa que corroboram bastante o que estamos dizendo agora e o que falamos logo acima. Para que fique tudo bem claro, vamos citar alguns deles à seguir:
- Invasão da Hungria pela URSS (1956);
- Tentativa de derrubada de Fidel Castro, em Cuba, pelos EUA (1961);
- A construção do Muro de Berlim, pela URSS (1961);
- A Crise dos Mísseis em Cuba, entre EUA e URSS (1962);
- O Assassinato de John F. Kennedy, em Dallas, EUA (1963);
- O golpe de Estado de militares, no Brasil, com apoio norte-americano (1964);
- O Assassinato de Malcolm X, no Harlem, em Nova York (1965);
- As manifestações de "Maio de 68", em Paris (1968);
- A Primavera de Praga, na Tchecoslováquia, esmagada pela URSS (1968);
- O Assassinato de Martin Luther King, em Memphis, nos EUA (1968).
E a lista poderia ser bem maior ainda, com genocídios tribais na África, perseguições étnicas no Oriente Médio, ou mesmo matanças de cunho religioso no sudeste da Ásia. Como vêem, uma lista beeemmm longa...
Bom, para encerrarmos, podemos dizer que a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi declarada em 10 de dezembro de 1948 - e, portanto, vai completar 70 anos de existência - porém, ela é, na realidade, uma luta constante para que ela se faça valer. E isso será uma pauta sempre presente, não só na ONU, mas também em vários grotões do mundo, sempre que alguém estiver tentando sobrepujar seu semelhante, por motivos políticos, econômicos, ou outro qualquer...
Mas, mesmo com tudo isso, ainda há o que se comemorar. Afinal, sem a Declaração Universal dos Direitos Humanos o mundo poderia estar bem pior!!!
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