O "Período Entre-,Guerras" (ou seja: de logo após o término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, até o início da Segunda Guerra Mundial, em setembro de 1939), é um momento da História extremamente rico (e não muito analisado). Daí a ideia desse artigo ter-se imposto de maneira tão impetuosa como o foi...
Tudo se iniciou com o "Armistício de Compiègne" (uma floresta da França), assinado em 11 de novembro de 1918 (que instituia um tão almejado cessar-fogo, ou seja, o término da Primeira Guerra Mundial, para às 11:00 h daquele mesmo dia), criando assim uma máxima da numerologia do término da então chamada "Grande Guerra", já que esse término oficial ocorreu na 11° hora, do 11° dia, do 11° mês, de 1918 (somente aqui havendo um "furo" em toda essa numerologia). Porém, devido à gana com que as nações vencedoras - ou seja: a Inglaterra, a França e (mesmo com uma gana anti-alemã menor), os Estados Unidos da América - esse Armistício foi o início de um momento bastante complicado da História (por diversos motivos), conforme poderemos ver melhor pelos tópicos que analisaremos no decorrer deste artigo...
TRATADO DE VERSALHES (1919)
Foi um dos tratados de paz que foi assinado - no ano seguinte ao final da "Grande Guerra", e que tratava, em especial, dos termos finais para com a perdedora Alemanha - que instituiu, dentre outras coisas, a decisão de que a culpa pela guerra era só da Alemanha, que esta deveria pagar custos altíssimos para as nações vencedoras - principalmente a Inglaterra, a França e os EUA - dentre dinheiro, armas e territórios (sendo que era claro que tudo isso visava minar as forças - e minimizar o futuro - da Alemanha). Mas, na realidade, o que o Tratado de Versalhes fez foi humilhar os alemães ao extremo (fazendo com que se criasse alí as fundações para a futura Segunda Guerra Mundial, que ocorreria após 20 anos).
Para conhecer mais sobre esse assunto específico, favor acessar o link abaixo (com um artigo sobre o término da Primeira Guerra Mundial, também do acervo do blog "HISTÉRICA HISTÓRIA"):
Os 100 Anos do término da Primeira Guerra Mundial
OS LOUCOS ANOS 1920
Os chamados "Loucos Anos 1920" foram alguns fatos ocorridos no decorrer desta década tão ímpar da História. Foi nela que ocorreram momentos como a "Lei Seca" (quando a fabricação, o transporte e a venda de Álcool foi proibida em todos os Estados Unidos da América), o aparecimento do Jazz e do Charleston (movimentos culturais da música), o início da liberação feminina (quando elas começaram a trabalhar, fumar em público, ganharam o direito de voto e iniciaram uma revolução sexual que só teria um capítulo mais ardente já durante a década de 1960), um boom econômico (com o advento de produtos industrializados que acabariam levando a economia norte-americana - e mundial - a um ápice, tais como: o automóvel, os eletrônicos e equipamentos eletrodomésticos). Foi uma década de deslumbramento e de pura efervescência!!
A QUEDA DA BOLSA DE NOVA YORK (1929)
Após as alegrias dos "Loucos Anos 1920", essa década terminou com o "estouro da bolha" da economia - que ficou conhecida como a "Crise de 1929" (iniciada com a chamada "Quinta-feira Negra", o dia da "Queda da Bolsa de Nova York", dia 24 de Outubro de 1929) - que se iniciou com o ímpeto consumista do pós-guerra (maximizado pela euforia dos "Loucos Anos 1920").
Para conhecer mais sobre esse fato específico, favor acessar o link abaixo (com um artigo sobre esse assunto, também do acervo do blog "HISTÉRICA HISTÓRIA"):
A GRANDE DEPRESSÃO (1930-1939)
Como decorrência da "Queda da Bolsa de Nova York" (de 1929), praticamente toda a década seguinte - os Anos 1930 - foram um momento de depressão econômica (nos Estados Unidos da América, bem como em todo o mundo, em especial na Europa do pós-guerra, que lutava para se levantar e reconstruir-se a contento). Nos EUA, foi uma década de extrema pobreza - com uma luta grande da parte do presidente Franklin D. Roosevelt - e seu plano econômico, intitulado "New Deal" - onde havia filas de desempregados (em busca de comida e trabalho), muitos fazendeiros perdendo suas terras e a maioria das empresas - e também bancos - indo à falência. Na Europa, foi um momento de reconstrução, bem como de ascenção da extrema-direita (como veremos a seguir)...
ASCENÇÃO DOS GOVERNOS TOTALITÁRIOS (1922-1939)
Um dos maiores "efeitos colaterais" do "Período Entre-Guerras" - em especial, decorrente da "Grande Depressão" - foi a ascenção dos chamados "Governos Totalitários" (ou seja: de governos autoritários, comumentemente ditatoriais, de extrema-direita, em sua grande maioria, e de cunho xenófobo e calcados no culto a personalidade de seus líderes). Dentre eles, temos de citar: o Fascismo (de Benito Mussolini, na Itália), iniciado em 1922, o Socialismo Stalinista (de Josef Stalin, na URSS), iniciado em 1924 (sendo este o único totalitarismo de esquerda, nessa lista), o Nazismo (de Adolf Hitler, na Alemanha), iniciado em 1933, o Salazarismo (de Antônio Salazar, em Portugal), iniciado em 1933, o Franquismo (do generalíssimo Francisco Franco, na Espanha), iniciado em 1939 (depois da "Guerra Civil Espanhola") - bem como outros pelo mundo, até mesmo no Brasil, como foi o caso do Estado Novo (de Getúlio Vargas), que começou em 1937.
Para conhecer mais sobre o fato específico (que foi gerado pelo Totalitarismo), favor acessar o link abaixo (com um artigo contendo uma narrativa - um resumo - sobre a Segunda Guerra Mundial, também parte do acervo do blog "HISTÉRICA HISTÓRIA"):
Uma narrativa da Segunda Guerra Mundial
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Espero que este artigo tenha sido bem elucidativo sobre este assunto, já que se tentou, aqui, focar sobre o período conhecido como "Entre-Guerras" (momento este que, como dito, não costuma ser muito analisado, ao menos não de forma a se apreciá-lo através de suas especificidades), como foi o caso do artigo ora apresentado...
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