sábado, 23 de maio de 2015

Algumas curiosidades sobre a civilização do Egito Antigo

Uma das civilizações da Antiguidade que mais nos deixa, no mínimo, intrigados é a do Egito Antigo. Sendo assim, vamos mostrar algumas curiosidades sobre a mesma, como verão a seguir:


* Sempre que se fala sobre os egípcios antigos nos lembramos da construção das pirâmides. Elas são construções pertencentes à uma das primeiras fases da história política do Egito Antigo (mais especificamente à fase do chamado "Antigo Império"), momento em que os faraós eram considerados como que deuses na terra e, como tal, deveriam ter um funeral digno de um deus, sendo a sua tumba a maior e mais espetacular possível (coisa que uma pirâmide, com toda a certeza, se prestava). O que não se sabe muito é que elas não "nasceram prontas", tendo sido elas o último estágio de um processo iniciado pelo pai do faraó Quéops, da chamada "Grande Pirâmide" (sendo, este pai, o faraó Snefru), considerado o 'responsável primeiro' pela criação destes grandes monumentos, iniciando-os como uma espécie de evolução das 'mastabas', como pode ser visto de forma tão patente nas chamadas "pirâmides de Sakara" (como na Pirâmide de Degraus ou na Pirâmide Torta, nitidamente vistas como tentativas anteriores aos sucessos alcançados nas três pirâmides de Gizé, bem como na Pirâmide Vermelha, a primeira que atingiu a forma tão buscada pelo progenitor de Quéops em toda a plenitude e perfeição imaginadas). Continuando no assunto "pirâmide", elas não foram construídas por escravos, como muitos pensam, mas sim por súditos assalariados que trabalhavam até mesmo com um certo orgulho, pois serviam ao faraó, um deus na terra. Quanto ao salário recebido, este era uma cota semanal de dois itens essenciais ao cardápio egípcio: pão e cerveja;



*  Quanto a qual foi o maior dos faraós, a maioria poderia arriscar que foi Tutancâmon, porém ele só adquiriu essa 'notoriedade' toda quando seu túmulo foi encontrado, no chamado Vale dos Reis; porém isso se deve mais ao fato de seu túmulo estar intacto quando o arqueólogo inglês Howard Carter, em 1922, o escavou. Porém, o seu reinado foi muito curto e obscuro, sendo também um dos reinados da última fase do império egípcio (fase essa já próxima do momento de dominação romana do reino do Egito, pouco antes da ascenção da família de Cleópatra ao poder). Ou seja, o governo egípcio já não era assim tão forte, indo bem longe os tempos de poder absoluto dos faraós, responsáveis, por exemplo, pela construção das pirâmides. Podemos, na verdade, considerar como um dos faraós mais importantes do Egito Antigo, outro governante. Estamos falando de Ramsés II (também conhecido como "Ramsés, o Grande"), pois foi ele quem ampliou, em muito, os territórios - dominados ou influenciados - pelo Egito Antigo, tendo sido também um dos faraós que governou por mais tempo, já que assumiu o poder por volta dos vinte anos, tendo reinado até quase os seus noventa anos (o que ia contra a expectativa de vida da época, que era de cerca de quarenta anos, em média - fazendo com que ele fosse, mais do que nunca, comparado a um deus), sendo que havia mais particularidades apontadas como motivos para tamanha notoriedade: tinha cabelos ruivos - algo bem incomum, dentre a população egípcia - era de estatura bem acima da média, já que tinha perto de 1,90 metros e teve mesmo um governo ímpar, sendo responsável pela construção do templo de Abu Simbel. A múmia de Ramsés II está entre as 'peças' mais visitadas do Museu do Cairo (onde se encontra exposta à visitação pública, um ultraje que não seria perdoado por Ramsés II se estivesse vivo);








*  E, finalizando as nossas curiosidades: a última rainha do Egito, Cleópatra, não foi assim tão amada em vida, bem como não é tida, pelos próprios egípcios, como uma de suas antigas grandes governantes, em especial devido à sua origem grega, já que pertencia à chamada "Dinastia Ptolomaica", considerada como um dos governantes que, na realidade, acabou por empurrar o império do Egito Antigo para a mão dos romanos (povo que, ao conquistar as terras egípcias, acabou por dar um 'ponto final' à própria história milenar dos grandes governantes egípcios, os faraós). Porém - é bom que diga - a ideia de que ela era uma mulher que se entregou à paixão e ao sexo (primeiro com Júlio César, com quem teve um filho, e depois com Marco Antonio, demontrando assim ter pensado primeiro em sua vida pessoal, em detrimento da vida política de seu reino), não é de todo realidade. Afinal de contas, é bom que se tenha em mente que a maior potência da época - o tão poderoso Império Romano - iria conquistar o Egito Antigo de qualquer maneira. Sendo assim, as decisões de Cleópatra visavam mais uma dominação "menos abrupta e forte" - com sua participação no governo, mesmo que como amante - do que uma "entrega de seus domínios ao inimigo" (ainda mais se considerarmos essa entrega como passional - por paixão ou por amor...). E, diferente do que o cinema mostra, Cleópatra podia ser sensual, porém a beleza não foi exatamente o seu forte.





Espero ter dado uma "nova luz" à História - tão interessante e importante - do Egito Antigo, já que esta foi a modesta intenção desse artigo...

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