quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Retrospectiva "Histérica História" 2019




#2 - Fevereiro (2) de 2019: 17/02/2019

Uma analise dos "Anos de Chumbo"


#3 - Março de 2019: 06/03/2019

Contracultura: uma narrativa.


#4 - Março (2) de 2019: 14/03/2019


#8 - Julho de 2019: 26/07/2019


#9 - Agosto de 2019: 18/08/2019

#10 - Agosto (2) de 2019: 28/08/2019





#12 - Setembro (2) de 2019: 13/09/2019



#13 - Setembro (3) de 2019: 20/09/2019



#14 - Setembro (4) de 2019: 20/09/2019



#15 - Outubro de 2019: 01/10/2019







#18 - Dezembro de 2019: 03/12/2019



#19 - Dezembro (2) de 2019: 06/12/2019


sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Quem foram os tão lembrados "Voluntários da Pátria"?



Se podemos escolher personagens que são sempre muito citados e louvados pela história oficial do Brasil, estes são os chamados "Voluntários da Pátria"; e, como bom exemplo do que foi dito acima, é só vermos que é praticamente "obrigatória" a existência de uma rua - cujo nome é Voluntários da Pátria - em todas as grandes cidades de nosso país, em especial nas capitais dos estados que compõem a "Republica Federativa do Brasil", de ruas ou avenidas homenageando-os...


[Acima: Foto, de 1938, da Rua Voluntários da Pátria da cidade de São Paulo, no bairro de Santana, na zona norte da capital paulista.]


Mas, quem foram estes tão cultuados "Voluntários da Pátria"?

Para entendermos isso devemos voltar no tempo, mais precisamente no período do Brasil Império, durante o chamado "Segundo Reinado", cujo imperador era Dom Pedro II, isso ainda no decorrer do século XIX. Nesse momento o exército brasileiro era extremamente deficitário, sem treinamento e com um contingente irrisório para um país com as dimensões continentais do então Império do Brasil. E, na esteira do desenvolvimento e da riqueza que o café nos trouxe, Dom Pedro II começou a ter rompantes cada vez maiores de tornar o Brasil o país mais influente da América do Sul. Porém, com seu exército capenga, isso se tornava um tanto quanto difícil...


[Acima: Ilustrações de membros do exército brasileiro, já há época da entrada dos Voluntários da Pátria para seu contingente.]


Foi quando, na segunda metade do século XIX, aparece a figura de um ditador numa das várias repúblicas que rodeavam o Império do Brasil. Seu nome era Solano López, governante do então emergente Paraguai. Com expectativas expansionistas, ele começou a se tornar uma ameaça para algumas nações sul-americanas (em especial as do chamado "Cone Sul", bem como para o imperador brasileiro).


[Acima: imagem do ditador paraguaio Solano López.]


E, como a diplomacia não deu conta das diferenças entre as nações envolvidas, uma aliança, até mesmo incomum, se formou entre o Império do Brasil, a República da Argentina e a República Oriental do Uruguai (que ficou conhecida como a "Tríplice Aliança"). Conhecida como a "Guerra da Tríplice Aliança" (na Argentina e no Uruguai), e como "Guerra do Paraguai" (no Brasil), ela acabou, na realidade, sendo uma guerra entre dois países: o Brasil, de Dom Pedro II, e o Paraguai, de Solano López. E isso se deveu, em parte, devido serem províncias brasileiras - fronteiriças ao Paraguai - as que primeiramente foram tendo algumas cidades invadidas e tomadas pelas forças do exército paraguaio de López.


[Acima: ilustração para jornais da época, mostrando a rendição da cidade de Uruguaiana, na província do Rio Grande do Sul.]


A guerra em si durou de 1864 (quando a já citada Uruguaiana, mais algumas cidades da então província do Mato Grosso, foram invadidas), até 1870 (quando se conseguiu o tento que tanto queria o imperador Dom Pedro II - a perseguição e consequente morte do ditador Solano López - aconteceu, no interior remoto do território do Paraguai). E, durante estes 6 longos anos, a América do Sul assistiu a pior guerra já ocorrida neste continente...


[Acima: Imagem bem emblemática de um "Voluntário da Pátria" negro - possivelmente tendo sido "voluntário" no lugar do filho de algum grande fazendeiro da elite - empunhando a bandeira do Império do Brasil no campo de batalha.]


Outra figura importante - já que era o comandante do exército brasileiro (e um dos responsáveis da "profissionalização" de nossas forças armadas) - foi o Marquês de Caxias (que ficou pra história do Brasil com seu título último: o Duque de Caxias), sendo mesmo considerado o patrono do nosso exército.



















[Acima: na foto menor, o Duque de Caxias - há época ainda Marquês - comandante do exército brasileiro; e, na foto maior, a estátua equestre do mesmo Duque de Caxias - uma das maiores estátuas equestres do mundo - erguida na Praça Princesa Isabel, no centro da cidade de São Paulo (isso já no início do século XX).]


Deixamos agora, para o final, o intento de responder à pergunta feita no início deste artigo: E então, quem foram estes tão cultuados "Voluntários da Pátria"?

Respondê-la é uma tarefa cheia de nuances e particularidades da história do Brasil, como veremos ao seguirmos nossas pistas. Como já dito, o exército brasileiro era, pouco antes da eclosão da "Guerra do Paraguai", pequeno e mal preparado. Logo após os primeiros confrontos e invasões, em 1864, chegou-se rapidamente a constatação citada logo acima, e, para saná-la (ou ao menos minimizá-la), logo a 7 de janeiro de 1865, decretou-se a lei que criava o Corpo de Voluntários da Pátria (CVP), que tinha o intuito de aumentar o contingente de combatentes; porém, durante os cinco anos que a lei vigorou, muitos e muitos voluntários vieram engrossar as fileiras de nosso exército, sendo que a grande maioria deles não foram tão "voluntários" assim. Explicando: no início os voluntários se alistavam por vontade própria, mas, tão logo os verdadeiros voluntários começaram a escassear, iniciou-se planos e artimanhas para se conseguir mais "voluntários", tais como: se cercar festas e procissões, bem como montar-se barreiras na saída das missas, para assim alistar-se compulsoriamente os homens aptos a servirem o exército, fazendo com que muitos homens fugissem para os sertões e florestas ermas para fugir do alistamento, e fazendo com que os que teriam ficado nas cidades só saíssem às ruas vestidos como mulheres (por motivo óbvio).

Ao mesmo tempo que isso ocorria com a população mais pobre, com os filhos de grandes fazendeiros a maneira de fugir à guerra era feita de uma forma, digamos, mais legalizada, uma vez que eles poderiam mandar um escravo no lugar dos "sinhozinhos" sem coragem para a batalha. Num dado momento, para se encorajar os negros a lutar, cogitou-se libertar os escravos que tivessem sido "voluntários" (coisa que pouco ou nada aconteceu, após o final da guerra), causando enorme ressentimento nos negros - e mesmo nos soldados do exército - que, com o final do conflito, começaram a se negar a caçar escravos fugitivos (afinal, alguns deles haviam lutado ao lado destes mesmos soldados, nos campos de batalha).



-x.X.x-

E, terminando nosso artigo, indico a leitura deste outro artigo do acervo do blog "Histérica História", cujo link segue abaixo, que mostra algumas das mentiras que ficaram para a posteridade na história da "Guerra do Paraguai":

Verdades e mentiras sobre a Guerra do Paraguai




-x.X.x-

Espero que tenham gostado do artigo, que se prestou a elucidar um pouco melhor quem foram estes personagens tão presentes em nossa história: os "Voluntários da Pátria". E até um próximo artigo...

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

1961 a 1989 - A Guerra Fria - Muro de Berlim


Documentário sobre a construção - em 1961 - e sua queda - em 1989 - do Muro de Berlim (que completou, portanto, no dia 09 do mês passado, 30 anos), sendo este o principal símbolo da própria Guerra Fria (entre os E.U.A. capitalistas X a U.R.S.S. comunistas), já que ficou em pé - separando os dois lados (físicos, políticos, econômicos e ideológicos), por 28 anos...


E.complementando o que se vê no documentário - caso queiram se inteirar do início da Guerra Fria - acessar o artigo abaixo, também parte do acervo do blog "Histérica História":

Uma narrativa da Segunda Guerra Mundial


O documentário é uma produção do History Channel e vale a pena vê-lo!! Espero que curtam muito...