sábado, 12 de dezembro de 2020

Retrospectiva "Histérica História" 2020





#4 - Abril (2) de 2020: 08/04/2020


#10 - Junho de 2020: 01/06/2020




#12 - Junho (3) de 2020: 21/06/2020



#13 - Julho de 2020: 04/07/2020





#15 - Julho (3) de 2020: 27/07/2020




sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

A expressão "Rolling Stone" na história do Rock'n'Roll



Neste artigo gostaríamos de apresentar uma grande curiosidade com relação a uma expressão - que se tornou uma espécie de ditado - que acabou se tornando parte da história do Rock'n'Roll (em especial), e da cultura pop (no geral).

E, para conhecermos melhor toda essa interessante história, sigamos com nosso artigo, ora apresentado...

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Primeiramente, vamos conhecer a expressão em si (da qual essa espécie de ditado se originou). E ela é: "A rolling stone does not create slime." - ou, traduzindo-se, fica algo como: "Uma pedra que rola não cria limo."... Seu sentido seria o de que se não agimos, tomamos um posicionamento quanto a algo, e ficamos parados, sem tomarmos uma atitude quanto a alguma coisa, criamos limo, ou seja, estagnamos, ficamos em estado de torpor, e nada muda, nem mudará...

Essa frase já foi atribuída a muitas pessoas, mas, possivelmente, sua primeira menção é de Publílio Syrus, um filósofo romano do século I a.C., porém há menções também a Erasmo de Roterdam, filósofo do Renascimento (durante o século XVI), bem como por um músico inglês, do mesmo século XVI - sendo este último, John Heywood [imagem a seguir], tido como o introdutor da expressão na língua inglesa - chegando, depois, aos músicos do século XX (como veremos mais adiante)... 




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E, como dito, a expressão acabou caindo nas graças de alguns músicos do século XX, tais como: o bluesman Muddy Waters - que deu o título de "Rolling Stone" a seu compacto de 1950 - e o "papa" musical da contracultura (e dos hippies), Bob Dylan - que também nomeou quase da mesma forma o seu compacto, de 1965, cujo carro-chefe era o grande sucesso "Like a rolling stone" - mostrando o quão popular a expressão era, mesmo se estando já na segunda metade do século XX.





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E, mais adiante, quando em 1962, Brian Jones, junto a Mick Jagger e Keith Richards, resolveram renomear a banda deles - que se chamava "The Blues Boys" - como "The Rolling Stones", foram buscar esse nome tanto na expressão (no geral), quanto no nome do compacto homônimo de "Rhythm & Blues" (mais especificamente), do ídolo da banda recém-formada, Muddy Waters. Nascia, assim, a cinquentenária banda "Rolling Stones"... 



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Há de se citar, também, que a Contracultura na cidade de São Francisco deu um outro "capítulo" à saga da expressão quando, em 1967, o jornalista Jann Wenner fundou a revista "Rolling Stone", que tinha - e tem - o intuito de falar sobre o Rock, mas também sobre a cultura pop em geral, bem como outros assuntos importantes aos seus leitores (como economia e política, por exemplo).



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E, para terminarmos essa viagem através da pequena história dessa expressão - bem como de seus usos através do tempo - falemos do próprio nome dado ao novo ritmo criado em meados do século XX, o Rock'n'Roll, que tem a ver com a questão dessa mesma expressão. Afinal de contas, essa expressão, "Rock'n'Roll", quer dizer: "Rocha - pedra - rolando", ou, por extensão, "Balançar e rolar", e foi criada pelo DJ Allan Freed, que cunhou o termo em fins da década de 1950 (sendo que sua abreviação para, simplesmente, "Rock" é da década de 1960), com o intuito de mostrar que as coisas rolam de forma bem ágil. Só de se explicar, fica clara que a alusão à expressão analisada neste artigo tem muito a ver com a criação do próprio nome do ritmo do Rock, não é mesmo?


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E, já que o assunto passa pelo Rock, segue abaixo dois artigos anteriores - do acervo do blog "Histérica História" - com a explicação para os nomes de diversas bandas de rock, bem como um outro - também do acervo do blog "Histérica História" - com nomes de bandas de rock que foram retirados da História:








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Estão vendo como a História - em sua roupagem "história da Cultura" - é extremamente interessante (bem como inusitada), coisa que quisemos - e esperamos ter conseguido - demonstrar com este artigo? Sendo assim, curtam e divulguem (caso o tenham curtido tanto como eu curti pesquisá-lo e escrevê-lo). E até 2021!!...


quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Os Simpsons e a História: personagens históricos em nomes de personagens da série

 


Que a série de desenhos animados de "Os Simpsons", do canal Fox - criada pelo cartunista Matt Groening, e lançada em dezembro de 1989 (tendo atingido, portanto, neste ano de 2020, a sua 31.ª temporada) - é uma crítica feroz aos desmandos e vícios da sociedade norte-americana, isso não é grande novidade pra ninguém. Porém, além dessa crítica, há também uma outra crítica, no próprio nome dado a alguns dos personagens da série (nomes estes inspirados no nome de alguns personagens históricos, da política, da sociedade e das ciências, por exemplo).

[Um adendo: quanto ao nome da cidade que "Os Simpsons" moram, Springfield, esse é um nome dos mais comuns entre as cidades norte-americanas, uma vez que há um total de 38 cidades com esse mesmo nome, nos 50 estados dos Estados Unidos da América, fazendo com que seja uma tremenda incógnita saber-se, exatamente, em qual delas a família Simpson "mora" (uma das grandes sacadas do criador da série).]

E é sobre alguns destes nomes - e suas respectivas inspirações (críticas ou não) - que mostraremos neste artigo, ora apresentado. Vamos à nossa lista...

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1.º) Margie: O sobrenome de solteira de Margie - a matriarca dos Simpsons, que antes de se casar tinha o nome "Margie Bouvier" - é o mesmo da primeira-dama do presidente John F. Kennedy (que, como Margie, se chamava Jackeline Bouvier - antes de se tornar Jackeline Kennedy).






2.º) Lisa: Os dois primeiros nomes da irmã mais velha de Bart - Lisa Marie - remete à uma personagem ímpar - e extremamente presente nas colunas sociais (já que é filha de Elvis Presley e já foi casada com Michael Jackson e Nicholas Cage, dentre outros) - de Lisa Marie Presley, sendo um nome do mundo pop dentre os personagens de "Os Simpsons". Também remete a algo mais pessoal: é o nome de uma das irmãs do criador da série...

[Outro adendo: Na realidade, segundo Groening, todos os nomes das personagens principais - o "núcleo central", a própria "Família Simpson" - têm seus nomes tirados da família do autor (Homer, Margie, Lisa e Maggie). Só o nome de Bart foi alterado, já que a personagem não foi batizado como Matt (como seu criador, que preferiu, nesse caso, usar outro nome que não o seu).]






3.º) Milhouse: O nome do melhor amigo de Bart Simpson - o atrapalhado Milhouse - é o "nome do meio" do presidente Richard Milhouse Nixon (o presidente norte-americano que teve de renunciar, em 1974, devido o escândalo de Watergate).





4.º) Skinner: O nome do diretor da escola de Bart e seus amigos - o senhor mimado e "filhinho da mamãe", Seymor Skinner - tem o mesmo sobrenome do famoso psicólogo Burrhus Frederic Skinner, o "papa" do condicionamento de atitudes (aquele que dava choque elétrico nos ratinhos para condicionamento de novas atitudes nos roedores), o chamado "Behaveorismo", transpondo essas pesquisas (e seu condicionamento), também para os humanos.






5.º) Joe Quimby: O nome do prefeito da cidade de Springfield é enorme - Joseph Fitzgerald O´Malley Fitzpatrick Diamond O'Donnell The Edge "Joe" Quimby Jr. - porém, dentre eles todos, o que primeiramente se destaca é o seu primeiro sobrenome (que remete, obviamente, também ao primeiro sobrenome de um dos presidentes norte-americanos mais lembrados e cultuados): John Fitzgerald Kennedy, o JFK (assassinado em 1963). Não chega a ser uma homenagem - visto o quão péssimo é Quimby em sua vida pública - mas, já que é sobre políticos, a "homenagem" tem o seu porquê...






6.º) Otto Mann: O sobrenome do motorista da perua escolar da escola de Bart Simpson e seus amigos - o roqueiro e junkie Otto Mann - remete ao filósofo Thomas Mann, sendo mesmo hilário que um dos mais iletrados moradores de Springfield tenha o mesmo sobrenome deste pensador alemão, um dos grandes filósofos do século XX.






7.º) Elizabeth Hoover: A professora de Lisa tem o mesmo sobrenome de um presidente norte-americano (o mesmo que nomeia a famosa represa homônima), os seja, o presidente Herbert Hoover, presidente extremamente criticado por sua pífia atuação durante os primeiros momentos da Grande Depressão (nos Anos 1930).





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Há até mesmo personagens fictícias que não só emprestam seus nomes à personagens, mas que realmente fazem pontas nos episódios de "Os Simpsons" (como o caso da personagem citada abaixo):

8.º) Conde Drácula: Personagem que aparece vez por outra nos episódios, o Conde Drácula, mesmo não sendo um personagem histórico, pode entrar nessa lista (uma vez que é uma personagem de Bram Stoker, e parte integrante da história da própria literatura mundial). Aparece, em diversos momentos, como membro do Partido Republicano de Springfield (uma crítica mordaz aos próprios republicanos).





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E há personagens reais - mas não tão históricos (já que são contemporâneos aos episódios a qual participaram) - e que, sendo assim, não emprestam seus nomes à personagens, mas sim fizeram pontas nos episódios de "Os Simpsons" como eles próprios (como estes que citamos a seguir):

9.º) Convidados especiais: Personalidades da vida real - do futebol, da música, do cinema, da TV e da política - desfilaram nestes mais de 30 anos da série, tais como: Ronaldo Fenômeno, Pelé, a banda Aerosmith, Wood Allen, Leonard Nimoy e o ex-presidente Bill Clinton, dentre outros tantos...








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E, por fim, o próprio criador de "Os Simpsons" já apareceu algumas vezes nos episódios (sendo ele o último de nossa lista):

10.º) Matt Groening: Não é uma personagem, mas sim o criador da própria série, e já fez suas pontas na mesma (não somente uma vez, é bom que se diga)...





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Aproveito para informar que o texto aqui apresentado - com o intuito de mostrar a História de forma mais inusitada e surpreendente (mostrando, assim, o quão a História é abrangente e primordial, em várias vertentes e âmbitos de nossa sociedade) - foi parte de uma grande pesquisa, bem como de teorias e constatações deste autor que vos escreve (não tendo a pretensão de encerrar o assunto, mas, sim, dar um 'start' ao assunto), sendo mesmo um exercício de história cultural. Espero que tenham gostado!! E até um novo artigo...



sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Independência e República: fatos inversos de São Paulo e do Rio de Janeiro nestes dois acontecimentos



Existem algumas particularidades em dois fatos históricos do Brasil, e estas estão ligadas aos lugares onde estes fatos ocorreram: São Paulo e Rio de Janeiro. E elas ocorrem de forma que os fatos se apresentam de uma maneira, digamos, inversa...

E, para explicá-las da melhor forma possível, nos utilizaremos de duas perguntas - que iremos aqui respondê-las - mostrando que essas particularidades inversas são, muitas vezes, desconhecidas por grande parte das pessoas.

Vamos à análise, portanto...


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1.ª) Pergunta: Por que a Independência foi vislumbrada no Rio de Janeiro - então a Corte, de onde o príncipe regente D. Pedro governava - mas foi pensada e concretizada mais longe, em São Paulo? 

[Acima: quadro "Independência ou Morte!", de 1888, do pintor Pedro Américo]

A principal resposta a esta pergunta está no fato de os principais aliados políticos de D. Pedro - quanto à ideia de declarar a Independência do Brasil - estarem na província de São Paulo (mais precisamente na região de Santos, no litoral sul do atual estado de São Paulo, e bem próximo a cidade homônima, sua capital). Estamos falando dos Andradas - mais especificamente, de José Bonifácio de Andrada e Silva (por isso mesmo conhecido como o "Patriarca da Independência") - que era muito conhecido e respeitado por D. Pedro e, mais ainda, pela então princesa Leopoldina. Devido o fato de se estar discutindo a independência desde o momento da "Revolução do Porto", em 1820, continuando-se com mais força após o "retorno de D. João VI" à Portugal, em 1821, José Bonifácio foi "costurando" uma aliança cada vez mais forte com D. Pedro e os membros da Corte que compactuavam em se dar um "start" ao processo de Independência. E, por fim, houve também uma coincidência. E ela é o fato de, numa viagem anterior de D. Pedro à São Paulo, este ter conhecido - e, segundo alguns, apaixonado-se - uma senhora, sendo ela: Domitila de Castro do Canto e Melo (a futura "Marquesa de Santos"), fato que fez das viagens do príncipe regente à São Paulo algo quase corriqueiro. Sendo assim, após uma visita à província de São Paulo - para reuniões que visavam, justamente, tratar sobre a futura (e, cada vez mais, certa), Independência do Brasil - quando da viagem de retorno ao Rio de Janeiro (que tinha de ser feita via cidade de São Paulo), e após a chegada à Corte, no Rio de Janeiro, de cartas das Cortes, de Portugal, que exigiam o retorno do príncipe regente à Lisboa (cartas estas enviadas por Dona Leopoldina, e endossadas por José Bonifácio), levando D. Pedro a - depois de lê-las, e num acesso de fúria - cortar os laços com sua terra natal, e proclamar a Independência do Brasil ali, onde estava (durante o retorno da viagem à Santos), após o término da subida da Serra do Mar, nas imediações do atual bairro paulistano do Ipiranga (às margens do Riacho do Ipiranga), no final da tarde de 7 de setembro de 1822, tornando, assim, a ainda pequena cidade de São Paulo em uma "Imperial Cidade" (logo após a sua coroação como imperador), título que ela tem até hoje (mesmo que seja pouco lembrado nos nossos dias).



Bandeira da cidade de São Paulo

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2.ª) Pergunta: Por que a República foi primeiramente pensada em São Paulo - por barões do café paulistas e profissionais liberais - mas foi proclamada numa "quartelada", liderada pelo Marechal Deodoro, no Rio de Janeiro?

[Acima: quadro "Proclamação da República", de 1893, do pintor Benedito Calixto]

Já com relação à Proclamação da República, o que ocorre é o inverso, já que a República é algo que é primeiramente pensada entre a elite letrada dos barões do café paulistas (e depois replicada junto à grande população de profissionais liberais, como advogados, professores e jornalistas), e que culmina com a chamada Convenção de Itu, em 1873, a primeira convenção republicana feita no Brasil - a qual resultaria na criação do "Partido Republicano Paulista" (PRP), no mesmo evento - sendo este o embrião da própria república brasileira. Porém, como havia várias vertentes de república nesse período, tais como: os que queriam aguardar a morte do imperador D. Pedro II para tomar o poder, os que queriam chegar ao poder pelo voto (com um plebiscito), e até os que queriam tomar o poder derrubando o imperador, matando-o e assassinando toda a família imperial; e, devido mesmo a esta divergência de ideias - muito comum, por sinal, na implantação de repúblicas - pode-se dizer que os republicanos eram bem pouco (ou quase nada), coesos. E, por estas inconsistências ideológicas, a república brasileira não caminhava de forma muito ampla, já que algo primordial à sua existência - a doutrina republicana junto ao povo - simplesmente não aconteceu. Vai daí o fato de - no Brasil - a República ter sido proclamada não em São Paulo (seu berço ideológico), mas sim, no Rio de Janeiro (ou seja, a Corte, sede do governo imperial, bem como onde os militares, que foram, aos montes, cooptados para a causa republicana, se encontravam em maior número), sendo muito mais um golpe de Estado (perpetrado pelos militares descontentes com a Monarquia, e liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que era - Pasmem!! - grande amigo do imperador). Advém disso tudo a tônica da Proclamação da República no Brasil, resumida brilhantemente numa reportagem de jornal do dia 16 de novembro de 1889 (dia seguinte à proclamação): "O povo assistiu bestializado à proclamação da república..." (já que a maioria da população não sabia o que estava acontecendo, muitos achando que se tratava de uma parada militar). Quem sabe seja por isso que a República - até hoje - não seja um "caso de amor" entre muitos dos brasileiros...  



Bandeira da cidade do Rio de Janeiro

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Aproveito para mostrar - com acesso pelo link abaixo - um outro artigo onde São Paulo e Rio de Janeiro são as protagonistas (e que faz referência à origem dos nomes destas duas cidades), sendo este, também, parte integrante do acervo do blog "Histérica História":




Espero que a ideia desse artigo - ora apresentado - tenha ficado bem clara, visto não ser estes fatos analisados comumente sob este prisma. E até um próximo artigo...

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O Teatro da Segunda Guerra Mundial: Vilões X Heróis (e um "Vira-Casaca"), e principais atores, coadjuvantes e um ator surpresa (+ as estranhas ligações com o ano de 1945)...


Neste artigo iremos fazer uma correlação entre alguns personagens bastante importantes da Segunda Guerra Mundial. São eles: Adolf Hitler (o primeiro-ministro, o chamado "chanceler" - e depois, o Füher - da Alemanha), e Franklin Delano Roosevelt (o presidente dos Estados Unidos da América- bem como a de seus principais aliados: Benito Mussolini (o Duce da Itália), e Winston Churchill (o primeiro-ministro da Inglaterra) - antes e durante o nosso maior conflito mundial. Sem esquecer o nosso quinto personagem (nosso "personagem surpresa")...

Também veremos o que está exposto à seguir (muito importante para os cinco personagens):

[Um adendo: guardem bem este ano - 1945 - já que ele será um ano chave para os nossos cinco personagens.]

Muitas são as coincidências - e/ou particularidades - que ocorreram entre os cinco personagens (e seus respectivos aliados). E será para apresentarmos estas que este artigo se prestará. Vamos a elas, então...

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As histórias desses dois estadistas - de seus respectivos (e maiores), aliados, bem como do personagem que transitou entre eles - têm diversos pontos em que coisas ocorrem nas suas vidas (e que parecem mesmo ter algum tipo de ligação histórica), entre eles. Para que tudo fique bem demonstrado, segue uma sucinta biografia dos dois primeiros (chamados aqui de "Atores principais"):

Os Atores principais

Vilão: Adolf Hitler



O austríaco Adolf Hitler - nascido a 20 de abril de 1889 - foi um dos fundadores do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (ou, mais simplesmente, Partido Nazista), e tentou tomar o poder em 1923, através do que ficou conhecido como o "Golpe da Cervejaria", em Munique (que não deu certo, sendo Hitler preso nessa tentativa de golpe). Na cadeia escreveu seu livro, "Mein Kampf" ("Minha Luta"), que se tornou a "bíblia" do Nazismo (e onde ele expôs, em detalhes, qual seria a sua plataforma de governo, quando chegasse a ele, tornando o Nazismo uma filosofia de pode muito conhecida em toda a Alemanha). Antes dessa tentativa, com seus vinte e poucos anos, Hitler foi cabo (e mensageiro), durante a Primeira Guerra Mundial (vindo daí a sua raiva quanto ao término da mesma, bem como às resoluções do "Tratado de Versalhes"). Diferente de outros ditadores, Hitler chegou ao poder de forma democrática e constitucional (coisa muito difícil de acontecer, em se tratando de ditadores). Porém, nem bem subiu ao poder, foi mostrando a que veio, esmagando a oposição, perseguindo as minorias e retomando uma atitude cada vez mais belicosa (dando um ênfase exacerbado ao já bem presente militarismo alemão, de características revanchistas, como já visto), tornando-se ditador de fato (com o título de "Fuhër", algo como "O Líder"). Como já bem sabido, Adolf Hitler acabou levando - com sua política de extrema-direita - a Alemanha à uma nova guerra mundial (e num nível nunca visto antes em outra nação, o que os nazistas chamaram de "guerra total"). Ao final de sua guerra - para trazer a Alemanha de volta aos tempos da antiga grandeza (o seu "Terceiro Reich"), como era de sua vontade - deixou os alemães na pior das situações (e a Alemanha em frangalhos). Com os russos já às portas de Berlim, matou-se em 30 de abril de 1945 (encerrando, assim, a Segunda Guerra Mundial na Europa).


1945 - Quando Adolf Hitler se suicidou, dando fim a guerra na Europa.


Herói: Franklin Delano Roosevelt



O nova-iorquino Franklin Delano Roosevelt - nascido a 30 de janeiro de 1882 - foi o 32.º Presidente dos Estados Unidos da América (entre 1933 e 1945), tendo sido o único presidente dos EUA que teve mais de 2 mandatos consecutivos (uma vez que, ao término de seu 2.º mandato ele concorreu - e venceu - a corrida presidencial, governando num 3.º mandato e, ao final deste, concorreu - e venceu de novo - iniciando seu 4.º e último mandato, não terminando-o, devido à sua morte, meses após o início deste 4.º e derradeiro mandato). Outra particularidade dele: ele era um primo distante de outro presidente Roosevelt - no caso, de Theodore Roosevelt, o 26.º presidente, que governou de 1901 a 1909 - o que tornou os Roosevelt a primeira família a se tornar uma espécie de "realeza" da política norte-americana. Foi também Secretário Adjunto da Marinha (de 1913 a 1920, ou seja, durante o período da Primeira Guerra Mundial), e governador do estado de Nova York (de 1929 a 1932), cargo que o levou à presidência. Governou nos períodos mais difíceis do século XX, ou seja, durante a Grande Depressão e a própria Segunda Guerra Mundial, transformando-o num dos presidentes norte-americanos mais cultuados. Infelizmente, devido à uma idade já avançada, morreu em 12 de abril de 1945 - não podendo, assim, ver o término da guerra que tanto batalhou para vencer - morrendo depois de três meses do início de seu 4.º mandato. Esse fato foi festejado por Hitler na Europa (já que ele achou que isso seria um "banho de água gelada" para os norte-americanos, coisa que ajudaria o seu reich a vencer, e que - àquela altura - só ele mesmo acreditava, dentro de seus devaneios de poder, ao final da guerra).


1945 - Quando Franklin D. Roosevelt morreu - de A.V.C. - ao fim da guerra.

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E agora vamos às histórias dos principais aliados destes dois primeiros (e que chamo aqui - guardadas as devidas proporções, logicamente - de "Atores coadjuvantes"). Vamos a eles, então:

Os Atores coadjuvantes

Vilão: Benito Mussolini


À princípio, ele foi o grande ídolo e herói de Adolf Hitler - devido, em especial, ao fato dele ter conseguido tomar o poder da forma como Hitler gostaria de ter conseguido (em seu golpe de 1923). Benito Mussolini nasceu em 29 de julho de 1883, e - assim como Hitler - também lutou durante a Primeira Guerra Mundial (ele era um ótimo atirador de elite do exército italiano), e, talvez devido exatamente a isso, tinha a mesma visão obtusa de seu colega alemão quanto à guerra (e, em especial, de como foi o seu término da mesma), uma vez que, mesmo estando do lado vencedor, a Itália não teve as mesmas benesses e ganhos de outras potências europeias vencedoras. Isso deu margem à sua tendência de extrema-direita e bastante nacionalista (em grande desacordo com seu passado político, uma vez que, antes e durante a "Grande Guerra", ele se considerava comunista). Fundou, em 1921, o Partido Nacional Fascista (ou, simplesmente, Partido Fascista), e, apenas um ano depois (portanto, em 1922), se utilizando de uma grande demonstração de poder, organizou a chamada "Marcha sobre Roma" (com milhares de seus "Camisas Negras" marchando - e aterrorizando - os italianos de sua capital). Amedrontando os políticos - e até mesmo o rei, Vítor Emanuel III - foi-lhe concedido o poder de fato e, em poucos meses, silenciou toda e qualquer oposição, tornando-se o real mandatário da nação, com o título de "Duce" (algo como "O Chefe"), tornando a Itália um dos países totalitários da Europa (e parte integrante do chamado "Eixo", mais adiante). Após muitos erros e má administração (que foram mostrados a todos na segunda metade da guerra), foi deposto e, ao tentar fugir, foi preso e morto a tiros - junto a sua amante - em 28 de abril de 1945...


1945 - Quando Benito Mussolini foi assassinado - após tentar fugir - ao fim da guerra (tendo seu corpo linchado, usurpado e exposto em praça pública de Milão).

Herói: Winston Churchill


O britânico Winston Leonard Spencer Churchill nasceu em 30 de novembro de 1874, e foi o Primeiro-Ministro do Reino Unido entre 1941 e 1945, tendo sido primordial nesse período tão negro da história europeia. Durante a Primeira Guerra Mundial era o Primeiro-lorde do Almirantado, e foi nesse cargo que ordenou a ação para a tomada de Galípoli (na Grécia), que acabou se tornando um fiasco (e uma carnificina para os soldados ingleses e aliados), fazendo com que ele perdesse sua influência política - e seu poder - sendo obrigado a renunciar ao cargo (o que pareceu a todos que sua carreira na política havia terminado). Porém, fez algo impensável (no intuito de se redimir e mostrar uma grande força de superação): alistou-se e seguiu para a guerra, como um mero capitão de batalhão (tendo lutado nas trincheiras do front ocidental, nas fronteiras da França). Devido a isso, acabou dando a volta por cima (reavendo sua carreira política e voltando ao Parlamento). E, quando o Primeiro-Ministro Neville Chamberlain naufragou com seu acordo de paz - assinado junto a Hitler, pouco antes da invasão alemã à Polônia - mostrando que as exigências de Adolf Hitler não seriam tão fáceis de se sanar - e depois dos primeiros movimentos agressivos da "blitzkrieg", ficou claro que precisavam de um Primeiro-Ministro mais agressivo também. O escolhido, Winston Churchill, sabia que sua escolha não era, bem, um presente, mas sim quase como um castigo (já que era um cargo - durante uma guerra - que poderia trazer-lhe mais alguns problemas à sua já manchada biografia). E, como ele próprio quase prevera, sua posição como Primeiro-Ministro não seria mantida no pós-guerra, uma vez que, pouco antes do final da Segunda Guerra Mundial, ele não conseguiu se reeleger para o cargo.


1945 - Quando a guerra acabou, Winston Churchill não foi reeleito para continuar sendo o Primeiro-Ministro. Porém, no melhor de sua característica de "fênix" política, acabou retornando - de 1951 a 1955 - participando, assim, dos primeiros momentos da Guerra Fria.

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E, por fim, vamos à história de nosso personagem surpresa (o que chamo aqui de "Ator surpresa"). Vamos a ele, portanto:

Ator surpresa

O "Vira-Casaca": Josef Stalin


O georgiano Josef Stalin - que nasceu Josef Vissariónovich, a 18 de dezembro de 1878, em Gori, na Geórgia (parte integrante do Império Russo) - e foi o 2.º mandatário do União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.). Sua vida política se inicia como revolucionário socialista, papel que desempenhou de forma sui generis, ainda durante a Primeira Guerra Mundial. em um movimento que se iniciou no começo de 1917, quando o líder revolucionário Vladimir Lenin chegou à São Petersburgo, fazendo deste ano o momento máximo do comunismo. Como um dos seus mais próximos colaboradores de Lenin - junto com Leon Trotski, depois perseguido e morto a mando de Stalin - assumiu o governo da recém criada U.R.S.S. após a morte de Vladimir Lenin, no início de 1924. Após isso, com muita perseguição política e toques de genialidade administrativa, Stalin tirou toda a oposição a ele, tomando o poder por dentro e tornando-se ditador de fato e "dono" do Partido Comunista. Pouco antes da Segunda Guerra Mundial ele governava com mão de ferro e, sentindo-se "o tal", fez um acordo  - o "Pacto Ribbentrop-Molotov" - de não-agressão, entre a Alemanha, de Hitler, e a U.R.S.S., de Stalin (que deixou esta última neutra em relação à primeira). E, no início da guerra, quando Hitler invadiu a Polônia, Stalin ficou com metade dela: depois, já no decorrer da Segunda Guerra Mundial, com a traição de Hitler - que resolveu invadir a U.R.S.S. em 1941, fazendo com que Stalin mudasse de lado na guerra (uma bizarra aliança entre os soviéticos e os norte-americanos, os ingleses e os franceses, todos capitalistas). acabou sendo - junto aos E.U.A. - um dos grandes vencedores da Segunda Guerra Mundial...


1945 - Com o fim da guerra, Josef Stalin foi um de um de seus grandes ganhadores, neste ano "cabalístico", onde se iniciou a bipolaridade U.R.S.S. X E.U.A., que daria início à Guerra Fria. - que pegaria fogo em 1949 (quando Stalin consegui explodir sua primeira bomba atômica) - igualando seu poder de fogo ao dos norte-americanos.

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E agora, para finalizarmos (e com o intuito de melhor mostrarmos como foram os momentos históricos destes personagens aqui apresentados), acesse os links abaixo e leia três artigos sobre assuntos correlacionados aos fatos e aos personagens deste artigo (e que também fazem parte do acervo do blog “Histérica História”):





Espero que tenham achado o artigo, ora apresentado, tão completo e interessante quanto eu entendo que foi (e que é - em essência - o principal intuito dos artigos criados para este nosso blog, o “Histérica História”). E até uma próxima...